Dose de reforço da vacina está a produzir efeitos nos maiores de 70

11 de Dezembro 2021

A dose de reforço da vacina contra a Covid-19 está a produzir efeitos nos maiores de 70 ao registar-se na última semana “uma desaceleração” no número de novos casos, segundo as “linhas vermelhas” da pandemia ontem divulgadas.

O relatório semanal da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) precisa que “há uma tendência crescente da incidência cumulativa a 14 dias nos grupos etários com idades inferiores a 70 anos”, sendo a mais elevada no grupo das crianças com menos de 10 anos com 690 casos por 100 000 habitantes.

“O grupo etário dos indivíduos com 80 ou mais anos apresentou uma incidência cumulativa a 14 dias de 165 casos por 100 000 habitantes, que reflete um risco de infeção inferior ao apresentado pela população em geral”, acrescenta a análise de risco da pandemia.

Segundo o documento, no grupo etário com 65 ou mais anos o número de novos casos de infeção por SARS-CoV-2 por 100 000 habitantes, acumulado nos últimos 14 dias, foi de 262 casos, com tendência estável a nível nacional

“A desaceleração nesta faixa etária pode ser explicada pela cobertura vacinal com doses de reforço superiores a 50%”, salienta o relatório.

As “linhas vermelhas” dão também conta que o número de novos casos de infeção por SARS-CoV-2, por 100 000 habitantes, acumulado nos últimos 14 dias, foi de 466 casos, com “tendência fortemente crescente a nível nacional”.

A DGS e o INSA sublinham que há um aumento da incidência em todas as regiões, exceto no Alentejo.

As regiões do Algarve e Centro são as que apresentam incidências mais elevadas, ultrapassando o limiar de 480 casos por 100 000 habitantes.

O índice de transmissibilidade (Rt) apresenta valor igual ou superior a 1, indicando “uma tendência crescente da incidência de infeções por SARS-CoV-2 a nível nacional (1,11) e em todas as regiões, à exceção da região Alentejo. A manter esta taxa de crescimento, a nível nacional, estima-se que o limiar de 480 casos em 14 dias por 100 000 habitantes possa ser ultrapassado nos próximos dias (menos de sete dias)”, refere o documento.

A análise de risco da pandemia salienta também que a proporção de testes positivos para SARS-CoV-2 foi de 3,2% (na semana anterior foi de 3,9%), encontrando-se abaixo do limiar definido de 4,0%, tendo-se registado “um aumento do número de testes para deteção de SARS-CoV-2 realizados nos últimos sete dias”.

LUSA/HN

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