“Estamos no melhor espaço [hospital de Ponta Delgada] para saber que, para cuidar e ter uma solução para um problema, é preciso fazer o diagnóstico do mesmo. Fomos desafiados, e bem, pela diretora do Serviço de Endocrinologia e Nutrição, para que a região possa fazer um estudo sobre a prevalência da diabetes nos Açores”, declarou José Manuel Bolieiro.
No âmbito das comemorações dos 100 anos da descoberta da Insulina no Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, a diretora do Serviço de Endocrinologia e Nutrição considerou ser “urgente conhecer a realidade da dimensão” da diabetes na região.
Para além de desafiar o executivo açoriano para a realização do estudo, Isabel Sousa defendeu a necessidade de dotar o Serviço Regional de Saúde de instrumentos mais modernos para combater a doença.
O presidente do Governo Regional disse que “não há melhor oportunidade para que se possa passar do conhecimento ao reconhecimento” e “saber a prevalência e as necessidades do seu tratamento, os meios para cuidar bem dos doentes”, instruindo “a população quantos aos seus atos na nutrição e exercício físico para evitar a doença da diabetes e não terem necessidade de tratamento através da insulina”.
José Manuel Bolieiro reiterou o agradecimento pelo “esforço e dedicação” dos profissionais de saúde perante a pandemia da Covid-19, notando que as iniciativas do Governo dos Açores para a valorização financeira das suas carreiras visam “fazer justiça a velhas reivindicações” do setor.
José Manuel Bolieiro deixou claro que o Serviço Regional de Saúde é a “prioridade” do Governo Regional.
O líder do executivo ressalvou que “há a profunda convicção de que, para tratar bem os açorianos em qualquer uma das ilhas, tem que se ter conhecimento que a oferta pública, assegurada como prioridade, pode ser complementada com a oferta privada ou, se não puramente privada, de economia social, que também pode e deve coexistir com as boas políticas públicas da saúde dos açorianos”.
Segundo dados partilhados pelo secretário regional da Saúde e Desporto, Clélio Meneses, na cerimónia, a taxa de mortalidade por diabetes por cada 100 mil habitantes em pessoas com menos de 65 anos é 2,4 no continente e 4,1 nos Açores.
LUSA/HN
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