“Nós conseguimos, com esta caravana, vacinar um pouco mais de 7.000 munícipes”, disse Alice de Abreu, vereadora de saúde e ação social na autarquia de Maputo, citada hoje pelo canal privado STV.
A “Caravana da Vacina”, que passou por locais de maior concentração populacional na cidade de Maputo, numa fase piloto, foi lançada no dia 13 e terminou na segunda-feira, ou seja, durou uma semana.
A iniciativa visa acelerar o processo de imunização contra a Covid-19 em Moçambique, numa altura em que o número de casos tende a subir desde o início do mês, após se registar uma redução entre setembro e novembro.
Pelo balanço positivo que se teve nesta primeira fase, pretende-se “continuar com a caravana de vacinação”, avançou Alice de Abreu, referindo que a iniciativa vai continuar nos próximos dias.
Além da imunização, a caravana dispõe de outros serviços de saúde, entre os quais a avaliação da tensão arterial, massa de índice corporal, glicemia e “aconselhamento nutricional e testagem em saúde para diversas doenças”.
De acordo com os últimos dados das autoridades de saúde moçambicanas, oito milhões de pessoas foram imunizadas com pelo menos uma dose da vacina contra o novo coronavírus no país, das quais 5,6% estão completamente vacinadas.
Moçambique espera vacinar 17 milhões de pessoas até final de 2022.
Na segunda-feira, o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, alertou para a “evolução gigantesca e preocupante” da taxa de positividade semanal no país, que subiu de 0,4% para 24,5% nas últimas quatro semanas e referiu que mediante a evolução dos dados poderão ser tomadas “medidas mais drásticas”.
O país tem um total acumulado 1.957 óbitos e 162.525 casos, dos quais 150.517 recuperados.
A Covid-19 provocou mais de 5,35 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, classificada como preocupante pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 89 países de todos os continentes, incluindo Portugal.
LUSA/HN
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