Milhares de pessoas reuniram-se na Praça dos Museus, uma das principais praças de Amesterdão, segundo um correspondente da agência France-Presse (AFP) pode constatar no local.
“A pedido da presidente da câmara, a polícia interveio e um total de 30 suspeitos foram presos”, disseram as forças policiais, numa declaração, acrescentando que quatro polícias ficaram feridos.
Os motivos das detenções tiveram que ver com conduta desordeira, agressão, posse de arma proibida e desrespeito pela aplicação da lei, acrescentou a polícia.
A polícia de choque foi destacada e alguns agentes tiveram de usar a força quando os manifestantes se recusaram a abandonar o local do protesto apesar de um aviso, disse a mesma fonte.
Segundo os meios de comunicação locais, pelos menos dois manifestantes ficaram feridos.
“Isto é a Holanda! Poder para o povo”, gritava um manifestante, segundo o correspondente da AFP.
As restrições sanitárias em vigor nos Países Baixos são neste momento rigorosas.
Uma semana antes do Natal foi imposto um novo bloqueio à população em resposta a uma nova vaga de casos de Covid-19 e à propagação da nova variante do SARS-CoV-2 Ómicron, isto apesar de as taxas de infeção estarem a diminuir gradualmente há semanas.
A média de sete dias de novos casos diários caiu ligeiramente na semana passada, para 85,55 novos casos por 100 mil pessoas, mesmo quando a variante Ómicron se tornou dominante no país.
Todas as lojas não essenciais, restaurantes, bares, cinemas, museus e teatros estão fechados até 14 de janeiro e as escolas até, pelo menos, 9 de janeiro.
Ao ar livre só são permitidos ajuntamentos de duas pessoas, com exceções para funerais, por exemplo. No entanto, não foram definidas quaisquer medidas de restrição à circulação rodoviária.
Em novembro, uma manifestação contra as medidas de combate ao novo coronavírus degenerou em tumultos violentos em Roterdão.
A Covid-19 provocou 5.428.240 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse, divulgado na sexta-feira.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
LUSA/HN
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