Os dados mais recentes indicam que desde 01 de janeiro, as autoridades de Saúde já referenciaram 1.359 casos, praticamente tantos como ocorreram durante todo o ano de 2020, o que registou mais casos desde 2014.
Já morreram pelo menos 25 crianças com menos de 14 anos desde o início do ano, o que é mais do que o total registado em conjunto nos dois anos anteriores, das quais 15 só na capital, Díli.
A taxa de fatalidade é agora de 1,7%, acima dos 0,7% registados em 2020 e dos 1,2% registados no ano passado.
O pior dia foi até agora 24 de janeiro quando se registaram quase 110 casos em todo o país, com a quarta semana a ser a mais mortífera com nove óbitos.
Dados do Ministério da Saúde obtidos pela Lusa mostram que este está a ser o pior ano em termos de dengue desde pelo menos 2014, com o número de casos a ser praticamente oito vezes a média anual nos primeiros meses do ano.
A doença está a afetar especialmente menores, com 42,2% dos casos a serem de crianças com entre 05 e 14 anos, 36,2% em crianças com entre um e quatro anos e 6,3% entre crianças com menos de um ano.
A maioria dos casos em Díli (827) são de febre dengue, com 72 casos de febre hemorrágica e 76 de “síndrome de dengue choque”, sendo estas duas as situações mais graves.
Em Díli a situação está a esticar ao máximo os recursos de saúde, com pacientes a serem tratados em pelo menos 10 centros, incluindo um local usado para acolher nos últimos anos casos de hospitalização devido à pandemia da Covid-19.
As autoridades de saúde continuam a desenvolver ações de limpeza e de sensibilização em várias zonas da cidade, com equipas no terreno a realizar fumigação em vários locais no intuito de combater o surto.
LUSA/HN
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