Ordem dos Médicos apela para respeito pelos direitos humanos

26 de Fevereiro 2022

A Ordem dos Médicos apelou este sábado para o respeito pelos direitos humanos e pela neutralidade médica na Ucrânia, manifestando “elevada preocupação” e “total solidariedade” com o povo ucraniano, na sequência da invasão russa.

“A guerra, levada a cabo pela liderança russa, está a resultar num ataque brutal à Ucrânia, em que o princípio internacional da neutralidade médica e dos direitos humanos não estão a ser respeitados, de acordo com informações já veiculadas pela Associação Médica Mundial a propósito do bombardeamento de um hospital na região de Donetsk”, afirmou a Ordem, em comunicado.

Citado no documento, o bastonário dos médicos, Miguel Guimarães, condenou e lamentou “a violência e brutalidade de uma guerra injustificada que viola os valores da liberdade e da democracia”.

O responsável pela Ordem instigou os responsáveis russos a “honrarem o trabalho dos médicos e dos profissionais de saúde e a neutralidade dos serviços de saúde”.

“Tal como a Organização Mundial de Saúde já reiterou, o direito à saúde e o acesso aos serviços devem ser sempre protegidos”, sublinhou.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos 198 mortos, incluindo civis, e mais de 1.100 feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 120.000 deslocados desde o primeiro dia de combates.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Cerca de 44 mil pessoas pessoas morreram em 2023 vítimas do VIH/sida em Moçambique

“Não queremos dizer que estamos satisfeitos com 44 mil mortes. Esses números preocupam-nos, principalmente os de pessoas que estão a morrer em resultado de não estarem a fazer tratamento e, se estão, não o fazem corretamente”, disse o secretário executivo do Conselho Nacional do Combate à Sida, Francisco Mbofana, em conferência de imprensa, antecipando o dia mundial da luta contra VIH/Sida, que se assinala anualmente em 01 de dezembro.

Ana Escoval: “Boas práticas e inovação lideram transformação do SNS”

Em entrevista exclusiva ao Healthnews, Ana Escoval, da Direção da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Hospitalar, destaca o papel do 10º Congresso Internacional dos Hospitais e do Prémio de Boas Práticas em Saúde na transformação do SNS. O evento promove a partilha de práticas inovadoras, abordando desafios como a gestão de talento, cooperação público-privada e sustentabilidade no setor da saúde.

Fundador da Joaquim Chaves Saúde morre aos 94 anos

O farmacêutico Joaquim Chaves, fundador da Joaquim Chaves Saúde, morreu hoje aos 94 anos, anunciou o grupo, afirmando que foi “referência incontornável na área da saúde” em Portugal.

MAIS LIDAS

Share This