“Infelizmente, além das vítimas diretas das armas haverá um conjunto de vítimas indiretas e o crescimento do número de transmissões de covid-19 pode acontecer”, disse Marta Temido à margem da inauguração da Unidade da Mulher e da Criança do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho (CHVNG/E), no distrito do Porto.
Para a governante, a circunstância de existirem milhares de pessoas deslocadas e sujeitas a condições que não são as melhores é um “foco de problemas adicionais” no que diz respeito à pandemia.
“Estamos a falar de doenças infecciosas que encontram neste tipo de cenários aquilo que é o seu contexto mais favorável”, referiu.
Marta Temido considerou que os portugueses não se esqueceram que o país continua a estar num contexto de pandemia e de emergência de saúde pública internacional e afirmou acreditar que as pessoas não vão esquecer os “aspetos” de combate à doença que, comparados com a invasão russa à Ucrânia, acabam por ser “pormenores”.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 406 mortos e mais de 800 feridos entre a população civil e provocou a fuga de mais de dois milhões de pessoas para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
LUSA/HN
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