De acordo com o Centro Hospitalar e Universitário São João (CHUSJ) “trata-se de uma doente do sexo feminino, com 37 anos, politraumatizada, que sofreu um atropelamento no dia 22 de dezembro de 2021, do qual resultaram múltiplas lesões graves”.
A chegada da “cidadã ucraniana” está prevista para as 23:55 ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto.
De acordo com dados do CHUSJ, a doente foi transferida de ambulância do Hospital de Lviv, na Ucrânia, para a Polónia, estando “neste momento [cerca das 19:00] a caminho de Portugal, num voo que partiu de Varsóvia, acompanhada pelas equipas clínicas da ONG Médicos do Mundo”.
“A cidadã ucraniana será transferida pelo INEM do aeroporto para o Hospital de São João, onde será reavaliada pelas equipas médicas, cirúrgicas e de cuidados intensivos, em termos de gravidade das lesões e planeamento das intervenções, num quadro clínico complexo, de acordo com as informações que nos foram transmitidas”, acrescentou o CHUSJ que agendou para as 22:30 declarações à comunicação social.
Na quinta-feira o Hospital de São João avançou que teria disponíveis 138 camas de várias especialidades, incluindo Pediatria, para acolher doentes ucranianos, caso viesse a ser necessário.
Em declarações à agência Lusa, o diretor da Unidade Autónoma de Gestão de Urgência e Medicina Intensiva, Nelson Pereira, avançou que estão identificadas camas gerais, camas de Cuidados Intensivos, Pediatria e Queimados, às quais se soma a “prontidão” dos profissionais de saúde de outras especialidades como Ortopedia, Cirurgia Plástica, Medicina Física de Reabilitação e Oncologia.
“Uma das grandes consequências de qualquer conflito é a interrupção do tratamento de doenças tumorais”, referiu o especialista.
Segundo Nelson Pereira, “este esforço potencial significativo” integrava o levantamento feito pelo Ministério da Saúde e das estruturas de Proteção Civil nacionais.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 406 mortos e mais de 800 feridos entre a população civil e provocou a fuga de mais de dois milhões de pessoas para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
LUSA/HN
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