As crianças e as suas famílias chegaram da Polónia na noite de domingo e serão enviadas para vários hospitais do serviço público de saúde britânico (NHS) para tratamento gratuito.
No domingo, “recebemos 21 crianças ucranianas que estavam muito doentes com cancro. São crianças inocentes que foram forçadas a deixar as suas casas por causa da invasão russa”, explicou o ministro da Saúde britânico, Sajid Javid.
As crianças doentes receberam um visto de seis meses, mas poderão ficar “o tempo que for necessário”, acrescentou.
Após ter sido criticado pela sua lentidão e relutância em receber ucranianos após a invasão russa, o Reino Unido decidiu lançar um novo programa de acolhimento de refugiados da guerra nos lares britânicos.
Denominado “Homes for Ukraine”, o programa vai permitir acolher “dezenas de milhares” de pessoas, que terão acesso ao mercado de trabalho, segurança social e educação, mesmo sem laços familiares com o Reino Unido, indicou no domingo o ministro da Habitação britânico, Michael Gove.
As pessoas que decidirem receber refugiados ucranianos em casa receberão 350 libras (418 euros) por mês e devem comprometer-se a hospedar esses refugiados por pelo menos seis meses.
Para isso, os britânicos devem entrar em contacto com os ucranianos, através de redes sociais ou associações, e registarem-se numa plataforma que está operacional a partir de hoje.
Os ucranianos que desejem viajar para o Reino Unido ainda precisarão de visto, mas o procedimento foi simplificado.
Segundo o Governo de Boris Johnson, foram já concedidos cerca de 3.000 vistos a ucranianos para viajarem para o Reino Unido, o que, para o líder da oposição trabalhista, Keir Starmer, fica muito aquém das medidas tomadas por outros países europeus.
A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 564 mortos e mais de 982 feridos entre a população civil e provocou a fuga de cerca de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
LUSA/HN
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