Este encontro entre os líderes dos socialistas de Portugal e da Grécia terá lugar às 09:30, na sede nacional do PS, em Lisboa.
“A comitiva grega estará em Portugal para se inteirar das boas práticas seguidas pelo PS no Governo, nomeadamente no que diz respeito à nova geração de políticas de habitação, relançamento da economia, internacionalização e aplicação do Plano de Recuperação e Resiliência”, refere-se num comunicado esta sexta-feira divulgado pelo PS.
Pela parte do PS, participam na reunião a secretária nacional para as Relações Internacionais, Jamila Madeira, o vice-presidente do PSE (Partido Socialista Europeu) Francisco André e o eurodeputado e secretário nacional Pedro Marques.
Em reuniões bilaterais com os socialistas gregos, de acordo com o mesmo comunicado, participam ministros cessantes como Pedro Siza Vieira e Nelson de Souza, e os dirigentes Pedro Nuno Santos e Eurico Brilhante Dias, este último candidato a líder parlamentar do PS.
O PASOK foi um dos dois maiores partidos da Grécia a partir de meados dos anos 70 até ao final de 2011, altura em que registou uma quebra acentuada do ponto de vista eleitoral.
Uma quebra atribuída ao embate económico e social provocado pela execução do programa da “Troika” na Grécia e que, do ponto de vista político, motivou a demissão do executivo socialista (de maioria absoluta) liderado por Geórgios Papandréu em dezembro de 2011.
Na esquerda grega, em termos de dimensão eleitoral, o PASOK foi então largamente ultrapassado pelo SYRIZA, de Aléxis Tsipras, e tem neste momento apenas 20 dos 300 deputados do parlamento grego.
Desde 2016 que António Costa tem estreitas relações pessoais e políticas com o ex-primeiro-ministro grego Aléxis Tsipras. Os dois têm participado em vários encontros da esquerda progressista europeia, embora o SYRIZA não faça parte do PSE.
O líder do SYRIZA, por sua vez, também se tem afastado politicamente do Bloco de Esquerda, com quem começou por ter relações privilegiadas até exercer as funções de primeiro-ministro na Grécia e dar continuidade ao cumprimento do programa da “Troika”.
Na campanha eleitoral para as últimas legislativas, em janeiro passado, Aléxis Tsipras tornou pública uma mensagem de apoio ao secretário-geral do PS.
Nessa mensagem, o ex-primeiro-ministro grego considerava que Portugal se tinha tornado “num exemplo muito importante de como se pode sair de uma crise económica e enfrentar a pandemia, promovendo o crescimento sustentável, protegendo os direitos dos trabalhadores, aumentando os salários e defendendo o Estado social”.
LUSA/HN
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