Mais de 1.600 pessoas retiradas por corredores humanitários nas últimas horas

30 de Março 2022

Um total de 1.665 pessoas foram retiradas nas últimas horas da cidade sitiada de Mariupol, no sul da Ucrânia, e de outras cidades próximas, através de corredores humanitários.

A ministra para a Reintegração dos Territórios Temporariamente Ocupados da Ucrânia, Iryna Vereshchuk, disse que a retirada foi concluída, de acordo com a agência de notícias local Ukrinform.

Iryna Vereshchuk adiantou que “1.665 pessoas foram retiradas de Mariupol e várias cidades da região de Zaporijia, ao longo dos três corredores humanitários acordados” com os russos.

A saída dos civis foi feita em veículos particulares, no mesmo dia em que a Rússia e a Ucrânia retomaram as conversações em Istambul para encontrar uma solução para o conflito.

A mesma responsável indicou que 936 pessoas conseguiram deixar Mariupol e 729 da região de Zaporijia, que inclui as cidades de Berdiansk, Melitopol, Enerhodar, Polohy, Orykhiv, Huliaypole e Vasylivka.

Em Vasylivka, disse, as tropas russas conseguiram bloquear várias colunas de autocarros e camiões que transportavam ajuda humanitária e acabaram por ser enviados para outras cidades.

Vereshchuk lembrou que, de acordo com a autarquia de Mariupol, cerca de 75 mil residentes de Mariupol foram retirados de Zaporijia até agora.

A cidade portuária de Mariupol, que tinha uma população de meio milhão de habitantes antes da guerra, tem sido uma das cidades ucranianas mais duramente atingidas desde a invasão.

Na cidade industrial, localizada nas margens do mar de Azov, encontram-se ainda cerca de 160 mil residentes, segundo as autoridades, sem acesso a bens básicos, como água potável, e serviços, como gás e aquecimento.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.179 civis, incluindo 104 crianças, e feriu 1.860, entre os quais 134 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 3,9 milhões de refugiados em países vizinhos e quase 6,5 milhões de deslocados internos.

A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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