Segundo dados da Aliança Global para as Vacinas (GAVI), cerca de 24,5% da população alvo no Gana (22,9 milhões de pessoas) está completamente vacinada contra a Covid-19.
Para aumentar esta taxa, a enfermeira Doretta Konney, vestida com um colete amarelo com a inscrição “vacinadora”, vai de porta em porta com a sua equipa na localidade piscatória densamente povoada de Chorkor, em Acra, capital do Gana, relata a agência France-Presse.
Konney bate diariamente a cerca de 50 portas e vacina entre 20 e 40 pessoas, num país que quer vacinar mais de 20 milhões dos seus 30 milhões de habitantes, mas os desafios são muitos.
“A maioria das pessoas não querem ser vacinadas porque ouviram falar de efeitos secundários como vertigens, dor de cabeça, dores, entre outros”, disse à agência francesa.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que apenas 15% dos adultos em África tenham recebido a vacinação completa contra a Covid-19 e sublinha que existem grandes disparidades entre países.
Enquanto as Seicheles já vacinaram mais de 70% da população, outros 15 países africanos não têm sequer 10% da população vacinada.
Para ajudar o continente a aumentar a taxa de vacinação, a OMS defende uma diversificação da administração de vacinas, incluindo uma vacinação em massa e forte envolvimento comunitário.
Em Chorkor, a coordenadora Christiana Odei assegura que a iniciativa é eficaz porque permite ir ao encontro de residentes maioritariamente opostos à vacinação.
“Cerca de 75% dos membros da comunidade já tomaram a primeira dose”, congratula-se.
O Gana registou mais de 160.000 casos e 1.445 mortes ligadas ao novo coronavírus, SARS-CoV-2, que causa a doença Covid-19.
LUSA/HN
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