Segundo o SINDEPOR, as carências de profissionais de enfermagem fazem-se sentir principalmente nas ilhas de “menor dimensão”, como é o caso do “Pico, Faial e Flores”.
Num comunicado divulgado depois de uma visita às unidades de saúde daquelas três ilhas, que decorreu entre segunda e quarta-feira, o Sindicato revela que os enfermeiros “queixam-se repetidamente da falta de pessoal”, o que “coloca em risco os cuidados de saúde”.
Além disso, os “poucos profissionais” que existem são sobrecarregados porque “são obrigados a trabalhar mais horas para compensar a falta de recursos humanos”.
“Nestes três dias em que visitámos unidades de saúde nas ilhas do Pico, Faial e Flores notámos um grande défice de enfermeiros e falámos com colegas exaustos”, descreve Marco Medeiros, coordenador da regional dos Açores do SINDEPOR, citado na nota enviada às redações.
O sindicato aponta ainda para a “falta de enfermeiros” em São Miguel e na Terceira, embora nas ilhas “mais pequenas” o problema seja “bem mais grave”.
Marco Medeiros admite que este é um problema algo complexo de resolver, “tendo em conta as dificuldades de recrutamento e o facto de a região não conseguir formar mais enfermeiros”.
O sindicalista espera que o recente subsídio à fixação de enfermeiros passe a ser pago “o mais rapidamente possível”, tendo em conta que “já foi aprovado e orçamentado, faltando apenas a respetiva operacionalização”.
“No entanto, mesmo quando o subsídio de apoio à fixação for uma realidade, não vai chegar para resolver o problema da falta de enfermeiros que temos em ilhas como o Pico, Faial e Flores”, diz Marco Medeiros.
O SINDEPOR anuncia ainda que vai solicitar uma reunião urgente à Secretaria Regional da Saúde e Desporto com o objetivo de “encontrar medidas adicionais que contribuam para fixar mais enfermeiros” nas ilhas de “menor dimensão”.
Além do subsídio à fixação, o SINDEPOR defende apoios ao alojamento, bonificações na avaliação e ajudas nas viagens aos locais de origem dos enfermeiros.
LUSA/HN
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