No artigo “Climate warming amplified the 2020 record-breaking heatwave in the Antarctic Peninsula”, publicado esta sexta-feira, na revista Communications Earth & Environment, os cientistas Sergi González-Herrero, David Barriopedro, Ricardo M. Trigo, Joan Albert López-Bustins e Marc Oliva alertam para a amplificação das ondas de calor no antártico.
Um dos autores do estudo, Ricardo Trigo, o professor do Departamento de Engenharia Geográfica, Geofísica e Energia e investigador do Instituto Dom Luiz da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (Ciências ULisboa), salienta que “pela primeira vez é possível confirmar que a mudança climática é capaz de amplificar uma onda de calor no continente antártico.”
O estudo foi liderado pelo Grupo Antártico da Agência Meteorológica Espanhola (AEMET), Instituto de Geociências do CSIC e pela Universidade de Barcelona.
O artigo publicado na revista do grupo Nature baseia-se no estudo de uma das ondas de calor mais intensas na Península Antártica entre 6 e 11 de fevereiro de 2020 de que há registo. O mês de fevereiro nesse ano foi anormalmente quente na Península Antártica e essa onda de calor representou a 6 de fevereiro de 2020 um novo recorde de temperatura absoluta – 18,3ºC na base Esperanza – para todo o continente antártico.
A probabilidade de se observar uma onda de calor semelhante à registada aumentou cerca de dez vezes, desde o período de 1950-1984, em grande medida devido às alterações climáticas.
PR/HN/Vaishaly Camões
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