Cientistas confirmam amplificação das ondas de calor no antártico

27 de Maio 2022

Cientistas nacionais e internacionais confirmam a amplificação das ondas de calor no antártico devido às alterações climáticas. As conclusões surgem na sequência do estudo de uma das ondas de calor mais intensas registadas desde que há dados na Península Antártica.

No artigo “Climate warming amplified the 2020 record-breaking heatwave in the Antarctic Peninsula”, publicado esta sexta-feira, na revista Communications Earth & Environment, os cientistas Sergi González-Herrero, David Barriopedro, Ricardo M. Trigo, Joan Albert López-Bustins e Marc Oliva alertam para a amplificação das ondas de calor no antártico.

Um dos autores do estudo, Ricardo Trigo, o professor do Departamento de Engenharia Geográfica, Geofísica e Energia e investigador do Instituto Dom Luiz da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (Ciências ULisboa), salienta que “pela primeira vez é possível confirmar que a mudança climática é capaz de amplificar uma onda de calor no continente antártico.”

O estudo foi liderado pelo Grupo Antártico da Agência Meteorológica Espanhola (AEMET), Instituto de Geociências do CSIC e pela Universidade de Barcelona.

O artigo publicado na revista do grupo Nature baseia-se no estudo de uma das ondas de calor mais intensas na Península Antártica entre 6 e 11 de fevereiro de 2020 de que há registo. O mês de fevereiro nesse ano foi anormalmente quente na Península Antártica e essa onda de calor representou a 6 de fevereiro de 2020 um novo recorde de temperatura absoluta – 18,3ºC na base Esperanza – para todo o continente antártico.

A probabilidade de se observar uma onda de calor semelhante à registada aumentou cerca de dez vezes, desde o período de 1950-1984, em grande medida devido às alterações climáticas.

PR/HN/Vaishaly Camões

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