Marcelo Rebelo de Sousa esteve esta manhã nos armazéns do Banco Alimentar Contra a Fome na zona de Alcântara, em Lisboa, no dia em que começou a campanha de recolha de alimentos nos supermercados por todo o país, que decorre todo o fim de semana.
“Eu acho que vai haver a mesma generosidade ou maior porque o ano passado foram 1680 toneladas, este ano vai ser mais”, respondeu aos jornalistas o Presidente da República depois de ter visitado as instalações onde dezenas de voluntários separavam os alimentos, tendo inclusivamente ajudado nesta separação.
Para Marcelo Rebelo de Sousa, os portugueses não precisam do seu exemplo nem da sua influência neste caso porque “sabem o que faz esta obra”.
“Esta é daquelas obras que promete e faz e promete e faz há 20 e tal anos”, elogiou.
Questionado sobre se teme um aumento de pedidos de ajuda devido aos aumentos dos preços, o chefe de Estado concordou que “há maior necessidade de apoio alimentar, há mais gente, há mais necessidade” porque “os bens estão mais caros”.
“Portanto é preciso ter uma resposta reforçada. Os portugueses percebem isso e vão contribuir”, disse.
Sobre os produtos que costuma dar, Marcelo Rebelo de Sousa listou a massa, o leite e óleo ou azeite, respondendo que a sua contribuição deste ano tinha sido na campanha online.
“Atenção que o online é até dia 05 de junho, portanto não se esqueçam. Não acaba nem hoje nem amanhã”, reforçou, aproveitando assim para promover esta parte da campanha.
Já a presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome, Isabel Jonet, que acompanhou sempre o Presidente da República, disse aos jornalistas que “os portugueses são um povo extraordinário e confiam no Banco Alimentar que conhecem bem”.
“O facto de haver hoje um acréscimo do preço dos bens mais essenciais preocupa-nos porque há mais pessoas, mais famílias que não conseguem esticar o seu orçamento e acomodar este acréscimo e, portanto, contamos com a solidariedade renovada dos portugueses”, afirmou.
Isabel Jonet detalhou que os 21 bancos alimentares estão a apoiar uma rede de 2600 instituições e através desta são apoiadas cerca de 400 mil pessoas.
“4% da população portuguesa recebe comida que vem de um banco alimentar da sua região”, referiu.
Sobre os objetivos desta campanha, a responsável deixou claro que a meta “nunca é bater os recordes em números”, mas sim “poder levar mais alimento à mesa das pessoas que realmente precisam”, sublinhando que “os voluntários acorreram depois de dois anos isolados em casa”.
LUSA/HN
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