“Até 29 de maio de 2022, confirmámos um total de 21 casos (de Monkeypox) e uma morte em nove estados” do país, disse o diretor do Centro de Controlo de Doenças da Nigéria (NCDC, na sigla em inglês), Ifedayo Adetifa, através de um comunicado emitido no final do dia de domingo e noticiado hoje nos meios de comunicação locais.
O paciente que morreu, acrescentou o responsável, era um homem de 40 anos de idade, que sofria de outras doenças.
“Até agora, todos os casos foram confirmados como sendo causados pela variante da Monkeypox da África Ocidental”, acrescentou.
De acordo com Ifedayo Adetifa, “embora o risco de exposição da Nigéria à Monkeypox seja elevado (…), a situação atual no país e no mundo não demonstrou ser uma ameaça significativa para a vida ou para as comunidades”.
Ainda assim, o NCDC aconselhou os nigerianos a “aderirem às medidas de segurança de saúde pública” e a “informarem o centro de saúde mais próximo se sentirem sintomas” da doença.
Estes números foram divulgados na sequência da ativação do Centro Nacional de Operações para a Monkeypox (MPX-EOC) pelas autoridades de saúde nigerianas na passada quinta-feira, uma unidade de saúde pública que tem o objetivo de “reforçar e coordenar a resposta em curso no país e contribuir para a resposta global”.
A unidade está enquadrada num “sistema de vigilância nacional” que a Nigéria instituiu em 2017 em resposta a um surto de Monkeypox com mais de 500 casos confirmados, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A OMS assinalou até agora a ocorrência de, pelo menos, 46 infeções por Monkeypox na Nigéria desde o início deste ano até 30 de abril, mais do dobro dos casos divulgados agora pelo NCDC.
O alarme causado por mais de 250 casos de monkeypox detetados em países onde a doença não é endémica contrasta com a situação em África, um continente que está familiarizado com o vírus há mais de cinco décadas.
Todos os países onde a Monkeypox é endémica são africanos: Benim, Camarões, República Centro-Africana (RCA), República Democrática do Congo (RDCongo), Gabão, Costa do Marfim, Libéria, Nigéria, República do Congo, Serra Leoa, Sudão do Sul e Gana, sendo que neste último país apenas foi identificada em animais.
LUSA/HN
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