Em comunicado, a ordem afirma que voltou a interpelar o Ministério da Saúde para que alargue para lá de 30 de junho a portaria que permite aos médicos inadaptados informaticamente passarem receitas manualmente.
Apesar dos esforços da ordem na promoção de “múltiplas ações com o intuito de dar formação” aos profissionais de saúde mais velhos, continua a persistir a iliteracia informática. Isto “contribui para que médicos mais velhos continuem a optar pelas receitas escritas à mão, sendo essa a única forma que têm de dar consultas e assistir os doentes. O que por sua vez, ocorre frequentemente em zonas do país mais isoladas, onde há escassez de acesso a cuidados de saúde.”
De acordo com o bastonário, Miguel Guimarães, “quem não está no terreno e quem não vê doentes não faz ideia das realidades vividas, sobretudo nas regiões mais carenciadas”.
Consequentemente, o bastonário destaca que tornar as receitas unicamente eletrónicas é uma medida perigosa. “Não há nenhum país do mundo que tenha as receitas 100% eletrónicas”, sublinhou.
Com estas preocupações em mente, o bastonário solicitou ao Ministério da Saúde, que seja prorrogada a manutenção das exceções contempladas no artigo 8.º da Portaria 224/2015, de modo que os médicos possam continuar a efetuar prescrições manuais após 30 de junho.
PR/HN/Vaishaly Camões
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