De acordo com o relatório semanal da DGS, todas as regiões de Portugal continental e a Madeira reportaram casos de infeção humana pelo vírus VMPX, mas a grande maioria do total de casos (80,3%) foi confirmada em Lisboa e Vale do Tejo.
O Norte é a segunda região do país com mais casos reportados de Monkeypox (55), seguindo-se o Centro (oito), o Alentejo (cinco), o Algarve (quatro) e a Madeira (três), refere a informação semanal da autoridade de Saúde.
A presença do vírus VMPX foi detetada em Portugal em 03 de maio, com a confirmação laboratorial de cinco casos de infeção, e, desde então e até à última quarta-feira, foram identificados 588 casos.
Segundo a DGS, do universo de 391 casos reportados no Sistema de Vigilância Epidemiológica, a maior parte pertence ao grupo etário entre os 30 e 39 anos e a grande maioria das infeções (99,8%) são homens, com um caso notificado de uma mulher, no “contexto de um eventual contacto com um caso confirmado”, avança a DGS.
Em 16 de julho, foi iniciada a vacinação dos primeiros três contactos próximos de casos e, desde então, continuam a ser identificados e orientados para vacinação os contactos elegíveis nas diferentes regiões do país, informou ainda a DGS.
De acordo com a autoridade de saúde, os 10 países mais afetados por este surto congregam 88% dos casos reportados globalmente e são Espanha, Reino Unido, Alemanha, Estados Unidos, França, Países Baixos, Canadá, Portugal, Brasil e Itália.
O Comité de Emergência da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Monkeypox esteve ontem reunido para avaliar se o surto cumpre os critérios para ser declarado como uma emergência de saúde pública de preocupação internacional.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, manifestou-se preocupado com o número crescente de infeções, adiantando que já foram reportados à organização mais de 14 mil casos de 71 países das seis regiões da OMS.
Segundo a DGS, uma pessoa que esteja doente deixa de estar infecciosa apenas após a cura completa e a queda de crostas das lesões dermatológicas, período que poderá, eventualmente, ultrapassar quatro semanas.
Os sintomas mais comuns da doença são febre, dor de cabeça intensa, dores musculares, dor nas costas, cansaço, aumento dos gânglios linfáticos com o aparecimento progressivo de erupções que atingem a pele e as mucosas.
LUSA/HN
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