“Lamento a formalização do uso de ‘linguagem neutra’ na Argentina. Como isso ajuda as pessoas? A única mudança é que agora há “escassez”, “pobreza” e “desemprego”, escreveu o líder brasileiro em suas redes sociais, numa alusão direta às dificuldades económicas do país vizinho.
Na sua mensagem, Bolsonaro insinuou um paralelo entre o Presidente argentino, Alberto Fernández, com quem mantém uma relação tensa e a quem chama de ‘comunista’, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, favorito para as eleições de outubro.
“No Brasil, a esquerda também parece teimosa em destruir símbolos nacionais. Na verdade, é apenas uma forma de dividir o país, sem respeitar sua cultura e tradições. Respeito se conquista com caráter, com trabalho, com valores, e não com bobagens”, afirmou o Presidente brasileiro.
Em sua campanha à reeleição, Bolsonaro costuma citar a Argentina, junto com Venezuela e Cuba, e mais recentemente Chile e a Colômbia, como países que “caíram nas garras do comunismo”, ao qual, sustenta, Lula da Silva levaria o Brasil se vencer as presidenciais em outubro.
No início do ano passado, o Governo brasileiro, por meio de portaria publicada pelo Ministério da Cultura, proibiu terminantemente o uso de linguagem neutra em comunicações oficiais ou em todo o tipo de atividade artística que receba financiamento estatal.
Mas o próprio Bolsonaro já defendeu que “essa linguagem neutra dos gays acaba arruinando a menina, que assim começa a se interessar por essas coisas da homossexualidade.”
LUSA/HN
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