Sindicato Independente dos Médicos reafirma disponibilidade para “melhoria da saúde”

31 de Março 2022

O Sindicato Independente dos Médicos enviou na quarta-feira ofícios aos novos ministros das Finanças, Saúde, Defesa e Justiça a reafirmar a sua disponibilidade com vista à “melhoria da saúde” dos portugueses, do SNS e dos profissionais.

Nos ofícios, enviados a seguir à posse do Governo, que decorreu quarta-feira à tarde no Palácio da Ajuda, em Lisboa, o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) manifesta o seu “empenho e disponibilidade” em colaborar no encontro de soluções para os problemas que afetam cada um dos ministérios a nível dos profissionais de saúde e dos utentes.

Em declarações à agência Lusa, o secretário-geral do sindicato, Jorge Roque da Cunha, afirmou que o SIM “é um sindicato construtivo” e, como tal, pretende iniciar com o novo Governo “um processo que melhore a situação da saúde dos portugueses”.

“Solicitámos junto do Ministério da Saúde, onde há várias questões fundamentalmente relacionadas com a falta de investimento e a falta de profissionais, que estão a debilitar todos os dias o Serviço Nacional de Saúde para rapidamente fazermos uma reunião com esse ministério”, adiantou.

No ofício dirigido à ministra da Saúde, Marta Temido, o SIM manifesta disponibilidade para encontrar soluções para “melhorar o SNS e a motivação dos médicos”, considerando ser “fundamental o início de processo negocial com os sindicatos médicos”.

Relativamente ao Ministério da Defesa, Jorge Roque da Cunha explicou o envio do ofício com a saída “muito recentemente” de vários médicos por “incapacidade de fixação”, reafirmando o seu empenho em ajudar a encontrar soluções para melhorar “os problemas sérios de assistência” aos “valorosos militares veteranos e respetivas famílias.

Para tal, lê-se no documento, “é essencial consolidar a carreira médica, aumentar o número de médicos, evitar rescisões e inverter o recurso de prestadores de serviço médicos que representam mais de 60% dos cuidados prestados.

“Lamentavelmente, o ministério das Finanças e apesar dos esforços do seu antecessor não resolveu uma grave injustiça que afeta dezena e meia de médicos”, refere o SIM, pedindo uma reunião com a nova ministra da Defesa, Helena Carreira.

Por outro lado, “é muito grave” o que está a acontecer nos estabelecimentos prisionais, onde a direção-geral resolveu na semana passada “alterar as remunerações dos médicos”, defendendo ser “essencial que se inverta também o número de prestadores de saúde”.

“São cada vez mais os prestadores em vez dos médicos que estão nos quadros das prisões e, por isso, pedimos também uma reunião com a ministra da Justiça, [Catarina Sarmento e Castro]”, disse, manifestando a disponibilidade do SIM para “melhorar os problemas sérios de assistência nas prisões e robustecer o Instituto de Medicina legal e ciências forenses”.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

68% dos doentes não têm a asma controlada

Muito prevalente, subdiagnosticada e mal controlada, a asma ainda pode ser causa de morte no nosso país. Para aumentar a literacia sobre esta doença, o GRESP, a SPAIC e a SPP, embarcam no Autocarro da Asma para esclarecer a comunidade

Ordem firme na necessidade de se resolver pontos em aberto nas carreiras dos enfermeiros

O Presidente da Secção Regional da Região Autónoma dos Açores da Ordem dos Enfermeiros (SRRAAOE), Pedro Soares, foi convidado a reunir esta sexta-feira na Direção Regional da Saúde, no Solar dos Remédios, em Angra do Heroísmo. Esta reunião contou com a presença de representantes dos sindicatos e teve como ponto de partida a necessidade de ultimar os processos de reposicionamento que ainda não se encontram concluídos, firmando-se a expetativa de que tal venha a acontecer até ao final deste ano.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights