O Japão, que ainda mantém fortes restrições ao turismo externo, requer atualmente que todos os viajantes que chegam ao arquipélago apresentem à chegada um teste negativo realizado nas 72 horas anteriores ao embarque, no país de partida.
De acordo com o jornal Nikkei, a exigência vai ser suprimida nas próximas semanas.
“Estamos a estudar a direção que temos de tomar no que diz respeito às medidas fronteiriças que devem ser aplicadas proximamente”, disse entretanto o porta-voz do executivo de Tóquio, Hirokazu Matsuno.
O Japão mantém as medidas fronteiriças mais restritivas entre os países do G7 (grupo dos países mais industrializados do mundo), limitando as entradas a 20 mil pessoas por dia, exigindo a apresentação de um certificado de PCR negativo e mantendo suspensos a maior parte dos acordos bilaterais sobre a emissão de vistos.
As medidas dificultam as viagens de negócios e deslocações turísticas, especialmente aos visitantes estrangeiros não residentes no Japão.
Neste caso, o visto pode ser solicitado com fins turísticos através de agências de viagens autorizadas pelo Governo, mas com limitação dos grupos de viajantes, que devem ser acompanhados por um guia autorizado.
Matsuno, que não forneceu mais detalhes sobre a eventual revisão das medidas, assinalou que o Japão vai efetuar alterações em função da evolução das infeções nos outros países, tentando encontrar um “equilíbrio” entre o número de contágios de SARS-CoV-2 e as atividades socioeconómicas.
Os jornais locais publicam hoje notícias que dão conta do abrandamento das restrições fronteiriças, adiantando que o anúncio oficial pode ocorrer ainda esta semana, para que as medidas venham a ser aplicadas de forma efetiva nas próximas semanas.
As informações são publicadas um dia depois de o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, ter feito declarações sobre a situação de forma remota, visto que se encontra em isolamento por ter testado positivo durante o fim de semana.
O Japão é, desde finais de julho, o país que regista o maior número de novos casos semanais de Covid-19, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde.
LUSA/HN
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