Madeira discriminada na atribuição de vagas para a formação de médicos

3 de Novembro 2022

O secretário regional da Saúde da Madeira, Pedro Ramos, considerou esta quarta-feira que a região foi “uma vez mais discriminada” na atribuição de vagas para a formação de médicos especialistas em 2023, falando numa atitude “de grande irresponsabilidade”.

A Madeira vai contar com 38 vagas para a formação médica especializada no próximo ano, mais uma em relação ao ano passado, indicou o governante, falando numa cerimónia de assinatura de contratos-programa com diversas instituições.

“A Madeira foi uma vez mais discriminada pela colocação de vagas médicas no nosso Sistema Regional de Saúde, num ano em que o concurso aumentou o número de vagas ao nível do Serviço Nacional de Saúde e onde a Madeira pede sempre o dobro das vagas que são concedidas, na ordem das seis dezenas”, disse Pedro Ramos.

O secretário regional da Saúde, do governo insular de coligação PSD/CDS-PP, lamentou que “especialidades como oftalmologia, cardiologia, ortopedia, psiquiatria, pedopsiquiatria e saúde pública” tenham ficado de fora.

“Esta atitude foi de grande irresponsabilidade”, considerou o governante, reforçando que “os problemas do Serviço Nacional de Saúde não se podem estender aos serviços regionais da Madeira e dos Açores por decisões desta natureza”.

Pedro Ramos referiu ainda que a Madeira, apesar destas medidas, apoia no âmbito da saúde os arquipélagos dos Açores e de Cabo Verde, e recordou que foi recebida a primeira grávida de gémeos na unidade de neonatologia do Serviço Regional de Saúde.

Na segunda-feira, o Ministério da Saúde revelou que o mapa de vagas para formação de médicos especialistas em 2023 é o “maior de sempre”, totalizando 2.054, mais 115 do que este ano, em que foram abertas 1.939 vagas.

“No concurso deste ano, que diz respeito aos internos que iniciarão a sua formação especializada a 01 de janeiro de 2023, o crescimento de vagas é significativo em diversas especialidades, estando já identificada a necessidade de continuar a reforçar, no futuro, a abertura de novas vagas em linha com as necessidades do SNS [Serviço Nacional de Saúde]”, salientou a tutela na mesma nota.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Malária matou 31 angolanos por dia em 2024

A malária matou 11.447 pessoas em Angola em 2024, uma média de 31 mortes por dia em quase 12 milhões de casos notificados no ano passado, anunciaram hoje as autoridades angolanas, garantindo investimentos na prevenção e tratamento.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights