No próximo ano serão desenvolvidas as “redes de novas urgências metropolitanas, procurando replicar na área metropolitana de Lisboa uma experiência que já decorre na área metropolitana do Porto há mais de uma dezena de anos com resultados muito favoráveis”, disse Manuel Pizarro na audição conjunta nas comissões parlamentares de Orçamento e Finanças e Saúde, no âmbito da apreciação na especialidade do Orçamento do Estado para 2023, que tem votação final global agendada para 25 de novembro.
Essa medida permitirá “uma melhor gestão de recursos, facilitando o acesso das pessoas” às urgências, adiantou o governante.
Segundo o ministro, no âmbito do objetivo de melhorar a eficiência dos hospitais, está também prevista a reformulação das redes de referenciação hospitalar para saúde materna e infantil, mas também para a generalidade das especialidades hospitalares.
Manuel Pizarro disse ainda aos deputados que o Orçamento do Estado para 2023 representa um “fortíssimo investimento no Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, dando continuidade ao “esforço que tem sido feito desde 2016”.
“Temos um orçamento reforçado que gera expectativa e confiança contra os profetas da desgraça, que só falam do SNS para o vilipendiar e menorizar”, afirmou o ministro.
Na sua intervenção inicial, Manuel Pizarro avançou também que, no próximo ano, o Governo pretende facilitar o acesso dos utentes aos medicamentos, através de um programa de distribuição em proximidade dos fármacos prescritos nas farmácias hospitalares, que beneficiará cerca de 150 mil portugueses.
“São pessoas que hoje têm de se deslocar aos hospitais e que passarão a poder receber o seu medicamento na farmácia da sua localidade”, disse Manuel Pizarro, ao salientar ainda o sistema de renovação automática das receitas para doentes crónicos.
No âmbito da luta contra o tabagismo, avançou que o Governo pretende em 2023 “concretizar a portaria que aprofundará as proibições de fumar em recintos fechados”.
Quanto ao próximo inverno, Manuel Pizarro “chamou a atenção” para a importância da vacinação, adiantando que o programa “está a correr bem”, com quase dois milhões de pessoas vacinadas com a quarta dose contra a covid-19 e com a vacina sazonal da gripe.
“Todas as unidades residenciais de idosos e da rede de cuidados continuados já foram objeto do programa de vacinação”, disse o ministro, que reconheceu a necessidade de “promover ajustamentos no sistema de saúde” para enfrentar o “período difícil” do inverno.
Manuel Pizarro salientou ainda que o “Governo acredita profundamente” no novo modelo de governação do SNS, com a criação da nova direção executiva, que tem funções operacionais e técnicas, um trabalho a realizar ao longo de 2023 e que não será “isento de dificuldades”.
LUSA/HN
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