Em declarações à HealthNews, Eurico Castro Alves explica que o RADIS visa sinalizar os pontos fortes e as fragilidades, ajudando à melhoria do sistema de saúde.
“Pretendemos que esta ferramenta seja um contributo importante para melhorar o sistema de saúde nos próximos anos. Todos os anos vão ser avaliados vários aspetos para verificar o que melhorou e quais as fragilidades do sistema, nomeadamente em termos de acesso, qualidade, segurança, eficácia e de valor em saúde… São centenas de indicadores que irão ser avaliados”, assegura.
O responsável sublinha que o relatório, ao “constituir uma fonte de informação fiável, fidedigna, apolítica e não ideológica”, irá contribuir “de forma radical para a melhoria da prestação de cuidados de saúde”. Aos olhos de Castro Alves, o RADIS vai ser “uma ferramenta importante para as autoridades de saúde e para os decisores políticos.”
Este mecanismo de avaliação junta, assim, “dados públicos e independentes”, organizados por uma equipa multidisciplinar da qual fazem parte “um grupo muito vasto de jovens médicos, farmacêuticos, economistas, matemáticos e especialistas de outras áreas”. Os dados disponíveis irão permitir comparar o sistema de saúde nacional com outros a nível europeu.
Questionado sobre a importância do relatório no contexto atual da saúde, o dirigente nota que existe, por parte do atual Ministério da Saúde, uma esperança “de fazer avançar o sistema de saúde”.
“Nota-se que há uma mudança muito grande de melhorar. Havia há uns tempos atrás um regime de grande crispação que entretanto se desvaneceu. Atualmente há uma esperança de que se consiga conciliar as coisas e de fazer avançar o sistema de saúde. Temos um ministro muito empenhado nisso. Portanto, acho que estão conjugadas várias circunstâncias que podem fazer com que o sistema melhore”, refere Eurico Castro Alves.
O RADIS – Relatório de Avaliação do Desempenho e Impacto do Sistema de Saúde será apresentado no Auditório da Ordem dos Médicos, em Lisboa, numa conferência que conta com a presença do ministro da Saúde, Manuel Pizarro.
HN/Vaishaly Camões
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