No átrio principal do hospital, no piso 2 vão estar reunidas mais de 40 obras das mais variadas medias – escultura, pintura, desenho, instalação, poesia – feitas por médicos, enfermeiros, psicólogos, administrativos, informáticos, técnico de comunicação, uma Doutora Palhaça, crianças que estão ou já estiveram internados entre tantos outros.
A arte desenvolve a sensibilidade e a empatia. Identifica-nos com o outro e com o que ele ressente. Todas as atividades artísticas permitem exprimir emoções, positivas e negativas, e atingir um certo estado de plenitude durante o processo criativo.
O bem-estar associado à arte está deve-se ao processo criativo, mas também à contemplação: um quadro na parede, música que se escuta, uma escultura que preenche o espaço, livros que nos completam, uma poesia que se escreve e que se lê. A criação artística permite a quem a produz, libertar emoções por vezes fortes e complexas. Por outro lado, beneficia quem a recebe: uma comédia pode diminuir estados de agressividade, um quadro libertar um estado de tristeza e uma composição musical acalmar a ansiedade. Uma das vantagens da arte sob qualquer das suas formas é o seu efeito redutor do stress, com óbvios benefícios quer para a saúde mental quer para a saúde física.
Nesta exposição esperamos que se possam criar ligações, mesmo que abstratas, entre quem fez e quem vê. O que cada um pensa e sente, a troca de impressões. A arte ajuda a questionar a nossa visão do mundo. Representa o humano, permite exprimir a individualidade, liga o individuo a si próprio e aos outros.
Qualquer projeto é mais eficaz se contar com a participação ativa da comunidade a que se destina, é isso o pretendido.
Aqui é mesmo isso que desejamos.
CHLN/HN
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