FMUP participa em projeto sobre impacto da poluição atmosférica e sonora na saúde

9 de Fevereiro 2023

A Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) integra um projeto com 17 parceiros de 10 países europeus e dos Estados Unidos que visa estudar o impacto da poluição atmosférica e sonora na saúde, foi esta quinta-feira divulgado.

Denominado BEST-COST, este é um projeto de investigação financiado em quatro milhões de euros pela União Europeia e que, em Portugal, será coordenado pela FMUP, pelo Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde (CINTESIS) e pela Escola Superior de Saúde Egas Moniz.

Em comunicado enviado à agência Lusa, a FMUP explica que este novo projeto “pretende contribuir com políticas e práticas que reduzam a carga da doença, promovendo mais e melhor saúde”.

“Traduzir a saúde em números é sempre um grande desafio e por isso serão consideradas diferentes abordagens”, revela o líder do grupo de trabalho relativo à Economia da Saúde, João Vasco Santos, citado no comunicado.

O também professor da FMUP e investigador do CINTESIS acrescenta que “conhecer melhor como diferentes populações de países europeus estão dispostas a pagar pela saúde é um grande passo para enfrentar os desafios económicos na definição de políticas de saúde”.

O objetivo do BEST-COST é desenvolver um novo quadro metodológico para quantificar a carga, o custo e as desigualdades sociais e de saúde provocadas pela poluição atmosférica e sonora.

A FMUP avança que o projeto permitirá aos profissionais de saúde e aos decisores políticos adotarem uma abordagem harmonizada e uma melhor utilização dos modelos económicos e sanitários nas avaliações de impacto político.

De acordo com dados da Agência Europeia do Ambiente, a poluição atmosférica e a poluição sonora são responsáveis, respetivamente, por cerca de 400 mil e 12 mil mortes prematuras só na Europa.

No final do projeto, que terminará em 2026, os resultados serão disponibilizados como ferramentas de acesso aberto e testados em cinco países europeus: Portugal, Bélgica, Estónia, França e Noruega.

Mais tarde, os dados do projeto serão “transferíveis em maior escala em toda a Europa”.

LUSA/HN

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