“Entendemos que é uma situação que deverá ser revertida, porque com o aumento dos custos, e de todos os equipamentos e medicamentos que são necessários, os valores têm de vir é a aumentar”, advertiu Ana Luís, deputada socialista, em declarações aos jornalistas no final de uma reunião com o Conselho de Administração do Hospital da Horta.
A parlamentar socialista deu como exemplo o que se passa com o Hospital da Horta (o mais pequeno das três unidades hospitalares do arquipélago), que tem perdido financiamento desde que o atual governo de direita tomou posse na região.
“Os valores para 2023, para o Hospital da Horta, são inferiores aos dos anos anteriores. Aliás, verifica-se que há uma diminuição desses valores desde 2021”, lamentou Ana Luís, considerando que esses cortes surgem “a contraciclo” com os investimentos que são necessários realizar naquela unidade de saúde.
Os deputados do PS ao parlamento açoriano estão também preocupados com os sucessivos adiamentos das obras de requalificação dos blocos A e B do Hospital da Horta, que ficaram desertos, numa primeira fase, e que acabaram revogadas por, alegadamente, não se enquadrarem nas regras do financiamento comunitário.
“No ano passado, foi lançado um concurso para esta obra, mas ficou deserto. Passado algum tempo, lançaram novo concurso, que voltou a ficar deserto e em julho voltaram a lançar novo concurso, que acabaram por revogar, por entenderem que este projeto não se enquadrava nos fundos comunitários”, recordou Ana Luís, insistindo na urgência de se realizarem estas obras “o quanto antes”.
Para a deputada, “não colhe” como justificação deste adiamento o aumento da inflação e dos custos dos materiais de construção civil e da mão-de-obra”, na medida em que, na opinião dos socialistas, “os governos têm a obrigação de ultrapassar os problemas burocráticos e de dar resposta às pretensões dos açorianos”.
Os deputados do PS manifestaram ainda preocupação com o atraso na transferência dos serviços da Unidade de Saúde de Ilha do Faial (USIF), para as novas instalações, construídas de raiz junto ao Hospital da Horta.
“Em setembro de 2022, disseram-nos que até janeiro essa transição iria verificar-se, o que ainda não aconteceu. Entendemos que isso deve acontecer o quanto antes, para que os utentes da USIF possam beneficiar de melhores condições e de melhores instalações”, insistiu Ana Luís.
LUSA/HN
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