“Haverá alguma rotação no Algarve, mas o problema é sobretudo em Lisboa e Vale do Tejo, mas entendemos que não podíamos atrasar mais as obras nas maternidades que precisam mesmo desse investimento”, explicou Manuel Pizarro.
O ministro disse que se irá “aproveitar integralmente o edifício materno infantil do Hospital de São Francisco Xavier, no Restelo, que é um edifício de grande qualidade, do ponto de vista das comodidades e de equipamentos e para onde vão ser deslocadas as equipas do Santa Maria. Isto é, dentro da cidade de Lisboa há uma maternidade que vai substituir plenamente a maternidade do [hospital de] Santa Maria” que irá entrar em obras.
“Admitimos que pode haver um dia ou outro com um afluxo excessivo das pessoas, por isso mesmo, estabelecemos um acordo com as maternidades privadas para garantir que se houver um afluxo excessivo nalgum dia, a alternativa está assegurada com tranquilidade com qualidade e com segurança para as mulheres”, sublinhou, respondendo às críticas que tem sido formuladas pela Federação Nacional dos Médicos e de alguns partidos, que consideram tratar-se da “degradação do Serviço Nacional de Saúde”.
Manuel Pizarro explicou ainda que “o encaminhamento das grávidas será a partir do Codu [Centros de Orientação de Doentes Urgentes] , sabendo-se em cada dia qual o hospital com maior disponibilidade”, considerando que com o serviço no Hospital Francisco Xavier a oferta será “mais do que suficiente, até porque em Lisboa continuará a funcionar em pleno a Maternidade Alfredo da Costa”.
“Se não houvesse nenhum constrangimento em recursos humanos não haveria necessidade de funcionamento rotativo, mas ainda que não houvesse funcionamento rotativo nós teríamos de fazer as obras na maternidade do Santa Maria”, acrescentou.
Sobre quais os hospitais privados que já se candidataram, Manuel Pizarro disse saber “apenas o que hoje saiu na imprensa” de que já há três grupos interessados – Lusíadas, Luz e CUF – referindo que “o processo ainda está em curso”.
O ministro da Saúde falava aos jornalistas à margem de uma sessão sobre “Saúde, Qualidade de Vida, Envelhecimento e Políticas Públicas”, Conversas no Bonfim “Saúde e Qualidade de Vida 55+”, na Junta de Freguesia do Bonfim, no Porto.
LUSA/HN
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