A campanha será também alargada “na próxima semana” à República Centro-Africana, onde foram detetados até agora sete casos de poliovírus tipo 2 este ano, acrescentou a OMS.
“O calendário desta campanha garantirá que um grande número de crianças nos quatro países receba a vacina ao mesmo tempo, o que melhorará a imunidade contra a poliomielite numa vasta área geográfica”, afirmou em comunicado a diretora daquela agência da ONU para África, Matshidiso Moeti.
A diretora regional sublinhou que se trata de uma oportunidade para “colmatar as lacunas de vacinação” criadas pela pandemia de covid-19, quando as restrições impediram muitas crianças de aceder àquelas vacinas.
De facto, a região do lago Chade, onde se encontram três dos quatro países onde está a decorrer a campanha de imunização, é um dos locais com maior percentagem de crianças que não receberam qualquer tipo de vacina, segundo a OMS.
Embora os quatro países estejam livres do poliovírus selvagem autóctone, o poliovírus circulante tipo 2, a forma mais prevalente de poliomielite em África, ainda persiste, tendo sido detetados mais de 400 casos em 14 países do continente no ano passado.
Desde o início de 2023, foi detetado na Nigéria e foram confirmados seis casos no Chade, para além das sete infeções na República Centro-Africana, segundo a OMS.
A poliomielite pode circular entre populações insuficientemente imunizadas, pelo que a deteção de surtos e o lançamento de campanhas de vacinação são essenciais para os conter.
A poliomielite é uma doença infecciosa causada por um vírus que não tem cura e cujos sintomas incluem febre, fadiga, vómitos e dores de cabeça e, em alguns casos, pode causar paralisia dos membros.
NR/HN/Lusa
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