“Nós vamos ter vacinas para todas estas pessoas, está absolutamente garantido, não as temos todas hoje nem poderíamos ter”, porque a vacina é adaptada às estirpes do vírus SARS-Cov-2, que provoca a covid-19, mais recentes, e foi aprovada na última semana de agosto, estando ainda a ser produzidas, disse Manuel Pizarro à margem à margem do Global Health Fórum, que decorre hoje e sábado no Centro de Congressos do Estoril.
No dia em que arrancou a campanha de vacinação contra a covid-19 e a gripe, o governante afirmou que Portugal já tem “algumas centenas de milhares de vacinas” e que é preciso que as pessoas percebam que é uma campanha que vai durar entre oito a 10 semanas.
“Não seria possível que fossem todos vacinados na primeira ou na segunda semana, temos que distribuir este esforço ao longo destas semanas e não perder o ânimo em relação à vacinação”, salientou.
Manuel Pizarro realçou que pela primeira vez a vacina contra a gripe será gratuita para os maiores de 60 anos: “Mas não é só ser gratuita, não exige ir ao médico, não exige receita médica”, bastando a pessoa dirigir-se a um dos 1.000 centros de saúde ou a uma das 2.500 farmácias onde é administrada a vacina para a receber.
Destacou ainda a importância das pessoas se vacinarem porque as protege da doença e, sobretudo, “protege as pessoas da doença grave”.
“É por isso que a Direção-Geral de Saúde faz a recomendação da vacinação para as pessoas que têm mais de 60 anos [porque] são aquelas que podem ter um maior impacto na sua saúde destas doenças, da gripe e da covid, e para aqueles que tendo menos de 60 anos, têm certas patologias que os tornam mais vulneráveis”, elucidou.
O ministro da Saúde referiu que “Portugal é um país onde habitualmente há uma grande adesão à vacinação”, mas disse haver “uma certa fadiga” nestes últimos anos devido à pandemia, em que os portugueses aderiram de forma massiva à vacinação, e “há uma certa sensação de relaxamento”.
“Nós temos razões para não estar angustiados, para estarmos tranquilos, mas temos que manter a nossa atenção porque as estirpes do vírus também vão mudando e também se podem tornar mais contagiosas e, por isso, é a medida mais importante que nós estamos a fazer para preparar o próximo inverno”, defendeu.
Cerca de dois milhões de pessoas, todos os que têm 60 anos de idade ou mais, poderão dirigir-se livremente às farmácias comunitárias. Os restantes utentes, com indicação para vacinação, seguindo as recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS), serão convocados pelos respetivos centros de saúde do Serviço Nacional de Saúde (SNS) onde estão inscritos.
Pela primeira vez as farmácias vão poder vacinar contra a covid-19, e segundo a Ordem dos Farmacêuticos há perto de 6.000 farmacêuticos habilitados para o fazer.
LUSA/HN
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