“Para a Região Autónoma da Madeira a participação no Prémio de Boas Práticas em Saúde, quer no âmbito da Comissão Organizadora, quer na candidatura de projetos, representa em si um meio promotor da partilha, da inovação científica e tecnológica e privilegia, essencialmente, a proximidade e a coesão territorial entre o território nacional e as Regiões Autónomas. Esta partilha potencia a promoção da saúde e a prevenção da doença (…) e sem dúvida que, numa última análise, a população vai beneficiar, com melhores cuidados de saúde, com melhores práticas, com práticas mais seguras quer para os doentes, quer para os profissionais. No final vamos ter, sem dúvida, uma região e um país mais saudáveis.” Regina Rodrigues é o elemento representante da Região Autónoma da Madeira na Comissão Organizadora do Prémio.
No Centro de Congressos de Lisboa, durante a cerimónia de entrega do Prémio, Regina Rodrigues acrescentou que “é sempre uma grande aventura divulgar e fazer com que haja uma adesão à participação no projeto”. Fá-lo desde 2018.
“O projeto tem uma grande implementação na ilha da Madeira. Os profissionais têm sempre uma grande vontade e uma grande satisfação em mostrar o que de inovador e o que de novo estão a fazer nas suas instituições e junto dos seus utentes, junto das populações em que servem em termos de cuidados de saúde”, segundo Regina Rodrigues.
Também na Madeira, mas no júri, Ana Clara Silva destacou (nos projetos de instituições fora da Madeira, porque o júri não avalia a própria região) o “esforço e compromisso das várias forças da comunidade para trabalharem em conjunto com as instituições do SNS”. “Todos os projetos que tive a felicidade de acompanhar demonstraram sempre uma grande preocupação com a vulnerabilidade, com a fragilidade, com a retenção dessas pessoas vulneráveis e frágeis nos serviços de saúde. Há uma preocupação crescente com a realidade que é do país no que toca à demografia e no que toca aos problemas da saúde mental. Também sai muito destacado esse esforço e esse foco do SNS. Por outro lado, acho que há uma componente muito importante que é o esforço do poder local de acompanhar, participar e cooperar com as instituições do SNS. A linha da humanização, a linha da sustentabilidade, a linha da eficiência económica foi sempre muito presente em todos os projetos que tive oportunidade de avaliar”, revelou.
Colaboradora de longa data do Prémio de Boas Práticas em Saúde, Ana Clara Silva referiu também que a Madeira “é um braço armado do SNS e, portanto, tem vindo cada vez mais a colaborar não só na instituição do próprio Prémio, na sua continuidade, mas também trazendo os seus próprios projetos para integrar a seleção de projetos candidatos às boas práticas”. O resultado, concluiu, “é muito positivo”, “da participação das Regiões Autónomas, neste caso concreto da Região Autónoma da Madeira”.
“No caso concreto deste subtema da integração e da proximidade e do toque específico à demografia, ainda mais importante é, porque a Região Autónoma da Madeira é a única do país que tem um organismo público dedicado às políticas de longevidade. Não só no país como nos 27 Estados da União Europeia. Digamos que é uma área dedicada à governação da longevidade, numa lógica de políticas públicas integradas – uma iniciativa pública. Muitas vezes é o setor social e a própria energia e a própria iniciativa das comunidades; no caso concreto da Região Autónoma da Madeira, entendeu que era prioritário criar um organismo, uma Direção Regional de Administração Direta, para governar a Política Pública Integrada de Longevidade”, informou Ana Clara Silva.
HN/RA
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