Contactada pela agência Lusa, a fonte da Unidade de Saúde Pública do Alto Minho referiu que os dois últimos doentes, com idades entre os 70 e os 96 anos, encontravam-se, cerca das 10:00, no serviço de urgência do hospital de Santa Luzia, em Viana do Castelo.
Os dois homens residem em Moledo, no concelho de Caminha.
A mesma fonte adiantou que os doentes com ‘legionella’ identificados desde sexta-feira residem entre Caminha e Vila Praia de Âncora.
A fonte da Saúde Pública acrescentou que dos cinco doentes internados no hospital de Santa Luzia, em Viana do Castelo, um recebeu alta hospitalar na terça-feira.
Um sexto doente, um homem de 86 anos, acamado, está a ser acompanhado no domicílio.
Segundo a fonte, este idoso de 86 anos foi diagnosticado no hospital de São João, no Porto.
Das quatro pessoas ainda hospitalizadas, uma senhora de 60 anos está internada nos cuidados intensivos.
As autoridades continuam a investigar a origem da infeção.
O presidente da Câmara de Caminha convocou para às 11:30 de hoje uma conferência de imprensa, com a presença do delegado de Saúde do Alto Minho para fazer um ponto de situação deste caso.
Na terça-feira, em declarações aos jornalistas, o delegado de saúde do Alto Minho, Luís Delgado, disse que a maior parte dos doentes “reside a 500/600 metros” de uma área de Vila Praia de Âncora que está a ser investigada, a par de outras zonas “suspeitas”.
“Pode ser uma zona onde exista eventualmente um ar condicionado, um fontanário ou equipamentos de irrigação que possam gerar aerossóis”, explicou.
O delegado de saúde notou que existe “uma equipa grande, de saúde ambiental e saúde pública, no terreno a identificar as situações”.
O responsável acrescentou não poder confirmar se os equipamentos municipais foram já descartados como estando na origem da contaminação.
“Há várias suspeitas em Vila Praia de Âncora”, freguesia do concelho de Caminha, no distrito de Viana do Castelo, disse.
Quanto aos sintomas da infeção, o delegado de saúde explicou que “é como se fosse uma gripe, com febre, dores de cabeça, tosse ou falta de ar”.
“A diferença é que, neste caso, a infeção não é provocada por um vírus, mas por uma bactéria”, acrescentou.
A doença do legionário, provocada pela bactéria ‘Legionella pneumophila’, contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.
LUSA/HN
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