Este objetivo programático foi assumido pelo ministro da Administração Interna em entrevista à CNN/Portugal, durante a qual afirmou ter como prioridade para a área da saúde “responder às circunstâncias absolutamente exigentes no terreno”, nomeadamente em matéria de urgências, consultas e cirurgias.
“Tenho a vontade de assumir na minha moção de estratégia o estabelecimento de um acordo com a União das Misericórdias Portuguesas e com as IPSS, para que, em articulação com o Serviço Nacional de Saúde (SNS), possam contribuir para resolvermos aos cidadãos – na sua maioria idosos e por vezes sem retaguarda familiar – que se encontram internados nos hospitais e que têm falta de uma retaguarda familiar”, disse.
De acordo com o ex-secretário-geral adjunto do PS, a solução que propõe poderia permitir que cerca de 1.500 camas fossem disponibilizadas para o SNS.
José Luís Carneiro advogou, ainda, uma “contratualização da prestação de cuidados de saúde nessas mesmas instituições, quer em relação a cirurgias, quer em relação a consultas, quer em relação também às matérias relacionadas com o diagnóstico”.
Depois, defendeu a reforma que está em curso no SNS, assinalando que as medidas que estão em curso demoram tempo a produzir os seus resultados, designadamente no que respeita às unidades de saúde familiares do tipo B.
“Há também a implementação das unidades locais de saúde. Apenas conseguiremos resolver de uma forma sustentada o que se passa com a concentração de resposta nas urgências hospitalares se reforçarmos a capacidade dos centros de saúde, dos médicos de família e em rede. E de forma integrada articularmos esses esforços com os cuidados hospitalares”, sustentou, deixando neste ponto uma palavra de solidariedade ao ministro da Saúde, Manuel Pizarro, e ao diretor executivo do SNS, Fernando Araújo.
LUSA/HN
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