“Como nós dissemos, passámos de 30% para 15%. Estamos em metade. Parece-me muito difícil entrarmos aqui num sistema de feira. É a nossa proposta, clara, objetiva e sensata. (…) Há aqui uma oportunidade para que o Governo, finalmente, faça aquilo que não foi feito nos últimos meses”, salientou, à entrada para 36.ª e última ronda negocial com o Ministério da Saúde.
Na mesma ocasião, a presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fnam) disse que a contraproposta que vai apresentar na reunião com o Governo responde ao que os médicos necessitam para repor o poder de compra, não diferindo muito do reclamado aumento de 30%.
A Fnam e o SIM e a tutela estão hoje na 36.ª e última ronda negocial, após 19 meses de discussões com o Governo.
De acordo com o ministro, Manuel Pizarro, o Governo subiu a proposta anterior de 8,5% e propõe agora um aumento salarial diferenciado de 12,7% para os médicos em início de carreira, acima de 11% para os assistentes graduados e de 9,6% para os médicos no topo da carreira.
O Governo propõe um suplemento de 500 euros mensais para os médicos que realizam serviço de urgência e a possibilidade de poderem optar pelas 35 horas semanais.
A proposta iguala o salário base dos médicos (3.025 euros), representando um aumento de 5,5%, contra os 3,6% apresentados na última proposta e que mereceu a contestação dos sindicatos.
NR/HN
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