Rui Silva chamou a atenção para as novas evidências dos cuidados paliativos. “Antigamente dizia-se que os cuidados paliativos eram para serem aplicados em fim de vida, mas a literatura internacional tem vindo a demonstrar que os cuidados paliativos devem ser implementados cada vez mais cedo, trazendo benefícios às pessoas.”
Neste sentido, defendeu que os serviços integrados de cuidados paliativos baseiam-se “no princípio geral das Unidades Locais de Saúde que é de incluir todas as valências de cuidados paliativos que existem para funcionarem em conjunto, de modo a dar resposta às necessidades da população.”
O responsável destaca que estes serviços vão permitir uma maior articulação e resposta às necessidades dos doentes. “Mas acima de tudo, esta medida visa fazer face à dificuldade que existe em dar apoio aos cuidados paliativos no domicílio. Trata-se, portanto, de um esforço muito grande que está a ser feito para resolver este problema. É muito importante garantir aos doentes a possibilidade de escolher o local e o ambiente onde querem receber os cuidados. Isto tem imensas vantagens até para o próprio SNS.”
No que toca ao novo plano estratégico, este espera “responder a algumas lacunas que existem como é o caso das equipas que estão em falta. Portanto, a nossa intenção é aproveitar este novo dinamismo que se pretende implementar no SNS, de maneira a aumentar a própria visibilidade dos cuidados paliativos nas novas ULS. Isto é, queremos que as ULS assumam as suas competências na resposta às pessoas com necessidades paliativas.”
“No fundo, o plano estratégico vai apontando medidas que não estão ainda conseguidas e que queremos concretizar”, concluiu.
O presidente da Comissão Nacional de Cuidados Paliativos afirmou que com esta integração total de cuidados esperam-se ganhos em saúde.
HN/VC
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