“Uma consulta via telefone, internet ou pelo ‘postigo’ não é a mesma coisa”, afirma o MUSP, considerando “lamentável e de todo injustificável” que, à data, centros de saúde e unidades de saúde familiares “continuem a dar preferência” aos atendimentos através de telefone ou por vias informáticas.
“Não podemos deixar que a situação do Serviço Nacional de Saúde (SNS) continue como está e se agrave ainda mais. Exigimos a rápida reposição do atendimento presencial, mas também o reforço de meios humanos e materiais na sua globalidade”, acrescenta o movimento, em comunicado.
Manter a atual situação significa, de acordo com o MUSP, um afluxo desmesurado às urgências hospitalares e sobrecarrega os orçamentos de pessoas com baixos rendimentos, obrigando-as a recorrer a serviços médicos privados.
“Pagam a consulta, mas como os preços são elevados, os utentes mais carenciados raramente passam à segunda ida ao médico”, observa.
Para o MUSP, a prestação dos serviços permanentes de saúde aos utentes “não pode, nem deve ficar refém da exigência da necessária intervenção no quadro da Covid-19”, a pandemia que só em Portugal já matou quase duas mil pessoas, condicionou os atendimentos relacionados com outras patologias e obrigou a reafetar funções de muitos profissionais do SNS.
LUSA/HN
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