Alemanha regista o número diário mais alto de infetados de desde abril

7 de Outubro 2020

A Alemanha reportou esta quarta-feira 2.828 novas infeções pelo novo coronavírus, o número mais alto registado desde abril no país, segundo dados do Instituto Robert Koch (RKI).

Desde o início da pandemia, a Alemanha já contabilizou 306.086 casos de infeções pelo novo coronavírus e 9.562 pessoas morreram devido à Covid-19.

Nos últimos dias, o número de novas infeções regularmente excedeu a fronteira de dois mil casos.

A situação piorou especialmente em Berlim, onde foi determinado o encerramento de bares e restaurantes às 23:00.

Além disso, as festas privadas em locais fechados não podem ultrapassar os dez participantes e, entre as 11:00 e as 06:00, não se podem organizar grupos com mais de cinco pessoas.

Na Alemanha, de acordo com os critérios do RKI, a categoria de zona ou região de risco é inserida quando há mais de 50 infeções por 100 mil habitantes numa semana.

Os governos regionais, que detêm a maior parte das responsabilidades na área da saúde, acordaram que, quando esse valor for ultrapassado num distrito, sejam tomadas medidas especiais.

A média de casos na capital alemã, Berlim, é de 47 infeções por 100 mil habitantes, mas em vários distritos da cidade o valor do critério RKI foi ultrapassado.

É o caso do distrito governamental de Mitte e dos distritos de Friedrichshain-Kreuzberg e Neukölln, bem como de Tempelhof-Schöneberg.

A pandemia de Covid-19 já provocou cerca de um milhão e cinquenta mil mortos e mais de 35,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 2.032 pessoas dos 80.312 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

LUSA/HN

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