“Os enfermeiros têm de se manter quietos e calados durante todo o processo negocial. Isto determinou que desta reunião não resultasse nada e a suspensão do processo negocial enquanto durar o pré-aviso de greve”, disse à agência Lusa Guadalupe Simões, dirigente do SEP.
Comentando o que foi discutido na manhã de hoje numa reunião com a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, a sindicalista afirmou que se trata de “um atentado contra o direito à greve dos trabalhadores”.
“Há anos que não se assistia a uma [tal] prepotência por parte de um Governo relativamente ao exercício do direito à greve”, lamentou.
Guadalupe Simões acusou o Governo de “quase chantagem” para que “exista uma paz social” durante o processo negocial.
A dirigente do SEP adiantou ainda que até ao dia da greve as duas reuniões que estavam previstas para 25 e 31 de julho com Ana Paula Martins foram canceladas.
“O Ministério da Saúde excluiu, durante os próximos 15 dias, o SEP do processo negocial”, sublinhou.
Na terça-feira, SEP convocou uma greve para 02 de agosto, alegando que a apresentação da proposta de alteração das grelhas salariais “continua por cumprir”.
“O compromisso de apresentação de uma proposta de alteração à grelha, por parte do Ministério da Saúde, continua por cumprir”, salientou o sindicato, ao adiantar que a paralisação vai abranger os turnos da manhã e da tarde.
Na última reunião com a tutela, em 03 de julho, o SEP assinou o protocolo negocial, lamentando que na reunião não tenha sido apresentada a proposta de grelha salarial.
Entre os temas que constam do protocolo negocial está a carreira de enfermagem, especificamente a tabela salarial, a questão da organização do tempo de trabalho e outras matérias já identificadas pelo SEP e outras que eventualmente venham a ser identificadas durante o processo negocial.
LUSA/HN
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