A instituição revelou hoje que o número de julho, em que foram distribuídas diariamente cerca de 700.000 refeições, contrasta com o mês mais recente em que, devido à intensificação do conflito no enclave palestiniano, também se registou uma queda de 200 cozinhas operacionais em toda a Faixa para um total de 130.
“Isto deve-se, em parte, às múltiplas ordens de evacuação emitidas pelas forças israelitas, que obrigaram, pelo menos, 70 cozinhas a suspender o fornecimento de refeições preparadas ou a serem deslocadas”, afirmou o gabinete humanitário das Nações Unidas (OCHA), através de um comunicado.
“A situação humanitária em Gaza continua a ser catastrófica e ainda não existem as condições necessárias para ajudar as pessoas de acordo com as suas necessidades”, acrescentou o OCHA.
Mais de um milhão de pessoas não receberam qualquer ração alimentar em agosto no sul e centro de Gaza, adiantou a organização.
A ONU suspendeu as operações das suas agências em Gaza no passado dia 26 de agosto, na sequência da ordem israelita para que abandonasse as suas instalações em Deir al-Balah, o último local onde se tinham instalado após sucessivas ordens de saída anteriores.
O Programa Alimentar Mundial (PAM) da ONU também acusou Israel, dias depois, de disparar contra um dos seus comboios de entrega de alimentos.
Israel prossegue os seus ataques aéreos, terrestres e marítimos contra a devastada Faixa de Gaza, onde, pelo menos, 17 palestinianos foram mortos e 50 ficaram feridos nas últimas 24 horas, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.
Com estas baixas, o número total de palestinianos mortos desde o início da guerra, há quase 11 meses, ascende a mais de 40.878, na sua maioria mulheres e crianças, enquanto o número de feridos ascende a pelo menos 94.454.
NR/HN/Lusa
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