De acordo com a imprensa local, o chefe do Executivo, Ho Iat Seng, sublinhou na cerimónia de inauguração a importância que o Hospital Macau Union pode ter na formação de quadros e na integração na estratégia nacional da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau.

A Grande Baía é um projeto de Pequim que visa criar uma metrópole mundial a partir de Hong Kong, Macau e nove cidades da província de Guangdong, com mais de 80 milhões de habitantes.

O Hospital Macau Union, também designado como Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas – Centro Médico de Macau do Peking Union Medical College Hospital, tem tecnologia e equipa de gestão do Peking Union Medical College Hospital (PUMCH).

Ho Iat Seng, que irá terminar o seu mandato a 19 de dezembro, descreveu a nova unidade hospitalar é um dos mais importantes projetos de cooperação entre Macau e a China continental.

Na mesma cerimónia, a presidente do PUMCH, Zhang Shuyang, prometeu dar prioridade aos serviços públicos de medicina e saúde, para conseguir que “nenhum residente tenha de sair de Macau para receber tratamento devido a doenças graves”.

O terceiro hospital do território já prestava tratamentos de 24 especialidades, tendo começado a funcionar a título experimental em 20 de dezembro.

O novo hospital, o maior complexo de cuidados de saúde do território, situa-se no Cotai, onde está localizada grande parte dos casinos em Macau, e abriu com 852 camas, 26 salas de cirurgia e um laboratório central.

A infraestrutura disponibiliza 25 serviços ambulatórios especializados, além de serviços de hospitalização médica, cirurgia e de imagiologia, assim como equipamentos médicos avançados, tais como um sistema de radioterapia inteligente auto-ajustável por Inteligência Artificial para pacientes oncológicos.

No início de agosto, a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura de Macau, Elsie Ao Ieong U, disse, num comunicado, esperar que o processo de recrutamento de pessoal médico termine “ainda este ano”.

Em abril, Ho Iat Seng disse que os hospitais da região tinham 24 médicos provenientes de Portugal.

Elsie Ao esteve em maio de 2023 em Portugal para tentar recrutar médicos portugueses.

Em dezembro, os Serviços de Saúde de Macau (SSM) disseram à Lusa que iriam propor a contratação de dois dos 12 médicos portugueses que se candidataram.

Os SSM admitiram que alguns tinham desistido do processo porque, como tinham estatuto de residente em Macau, seriam obrigados a realizar internato e exames.

A estação do metro ligeiro de superfície que serve o novo hospital entrou em funcionamento a 01 de setembro.

LUSA/HN