“Eu não fiz nada que o secretário de Estado da Saúde não soubesse”, afirmou Carla Silva, após ser questionada pelo deputado do PS João Paulo Correia na comissão parlamentar de inquérito ao caso das gémeas tratadas em 2020 no Hospital de Santa Maria (Lisboa) com o medicamento Zolgensma.
De acordo com o relatório da Inspeção Geral de Atividades em Saúde (IGAS) sobre este caso, foi Carla Silva quem contactou o Hospital de Santa Maria para marcar a consulta das gémeas – uma informação já negada por Lacerda Sales.
No relatório, o IGAS explicou que Carla Silva remeteu informações como “a identidade das crianças, data de nascimento, diagnóstico e datas em que os pais poderiam estar presentes” para o Hospital de Santa Maria sob orientação do ex-secretário de Estado.
Hoje, no parlamento, a ex-secretária de Lacerda Sales adiantou que entrou em contacto com o filho do Presidente da República, Nuno Rebelo de Sousa, a pedido do ex-governante do gabinete da então ministra da Saúde Marta Temido.
“O secretário de Estado [da Saúde] pediu para contactar Nuno Rebelo de Sousa. Eu contactei Nuno Rebelo de Sousa, identifiquei-me e pedi os dados clínicos [das crianças], e depois encaminhei o email para Ana Isabel Lopes”, que era responsável pelo departamento de pediatria do Hospital de Santa Maria, disse aos deputados.
LUSA/HN
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