“Estes resíduos estão a ser, neste momento, enviados para aterros sanitários, devido a uma legislação obsoleta, com mais de 24 anos”, indicou a estrutura, em comunicado, por ocasião do Dia Nacional da Sustentabilidade.
A redução deste impacto ambiental, considerou, “esbarra na falta de consciencialização dos profissionais de saúde” e na “ausência de uma estratégia” no sistema.
Os dados foram obtidos através de um estudo realizado para uma tese de mestrado na Faculdade de Medicina da Beira Interior.
“As alterações e a degradação ambiental têm um impacto significativo na saúde pública, sendo responsáveis pela morte de uma em cada quatro pessoas, a nível global”, afirmou o Conselho.
No mesmo documento, considerou que parte desta mortalidade se deve a exposição a poluentes que causam ou agravam, em particular, as doenças cardiovasculares e respiratórias.
De acordo com a mesma fonte, os cuidados de saúde em Portugal são “responsáveis por cerca de 5% das emissões de gases com efeito de estufa” no país, valor superior à média europeia.
“Apesar das vantagens do PVC, há uma crescente preocupação com os impactos ambientais na saúde, especialmente devido aos aditivos que contém”, lê-se no comunicado.
O Conselho citou a base de dados “Our World in Data” para sublinhar que são produzidos atualmente mais de 450 milhões de toneladas de plástico por ano, “225 vezes mais do que em 1950”.
Os plásticos representam cerca de 12% dos resíduos a nível global e demoram centenas a milhares de anos a decompor-se na natureza. Apenas 9% deste plástico é reciclado.
“Atualmente cerca de 75% do peixe que comemos contém microplásticos”, referiu o Conselho.
Para esta entidade, criada em 2022, é urgente reduzir a utilização de plástico no setor da saúde e adotar uma reciclagem adequada.
LUSA/HN
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