“O IVIC testou uma molécula usada para tratar a hepatite C para tratar a Covid-19. Este estudo durou seis meses, resultando na aniquilação de 100% do vírus. A Venezuela obteve um medicamento que anula 100% o coronavírus”, disse à televisão estatal venezuelana.
Segundo Nicolás Maduro o “estudo foi certificado, com todos os testes necessários” e nos próximos dias a Venezuela “procederá (…) através da Organização Mundial de Saúde, para ratificar (homologar) os resultados obtidos”.
O Presidente da Venezuela explicou ainda que se trata da molécula DR10, que foi totalmente isolada e “não tem nenhum tipo de toxicidade que afete moléculas saudáveis” ou cause efeitos colaterais.
Nicolás Maduro mostrou-se confiante de que em breve a Venezuela começará “a produção em massa” graças a “alianças internacionais”.
Por outro lado, a ministra venezuelana de Ciência e Tecnologia, Gabriela Jiménez, explicou que a investigação foi monitorizada “através de células infetadas com o vírus, isolado, em pacientes venezuelanos”.
A molécula DR10, é um derivado o ácido ursólico e os resultados foram de “100% de inibição na replicação do vírus in vitro”, disse.
Na Venezuela estão oficialmente confirmados 89.565 casos de Covid-19, que causaram 770 mortes, enquanto 84.720 pessoas recuperaram da doença.
O país está desde 13 de março em estado de alerta, o que permite ao executivo decretar “decisões drásticas” para combater a pandemia.
Depois de permitir durante uma semana uma “flexibilização ampla” da quarentena preventiva da Covid-19, que permitiu a abertura dos estabelecimentos de comércio em geral, turismo e organismos públicos, o acesso às praias do país, atividades e eventos ao ar livre, a Venezuela regressa hoje a sete dias de estrita quarentena.
A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e quase 42,7 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
LUSA/HN
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