Desenvolvido pelo Instituto de Biomedicina da UA e denominado FERTI$CAN, o projeto vai contar com um financiamento de 247 mil euros da FCT e visa criar um produto “que possa ser usado para melhor gerir um problema de saúde cada vez mais prevalente, a infertilidade masculina”.
“Permitirá um diagnóstico e prognóstico mais preciso de situações de infertilidade masculina, além de uma melhor a seleção de tratamentos e previsão de seu sucesso, reduzindo os custos com diagnóstico e tratamentos mais caros e ineficazes”, são os objetivos do projeto, explica um texto da UA.
Em declarações à Lusa, Joana Santiago, da equipa de investigação, explicou que atualmente “é feita a análise microscópica só de parâmetros principais, como motilidade e concentração, para saber se está a haver a produção normal e a maturação normal dos espermatozoides”.
“O que nós pretendemos é avaliar, apesar de aparentemente estar tudo normal, se depois a nível molecular, no interior do espermatozoide, existe alguma molécula que possa depois ter impacto ao nível da reprodução e da fertilização”, disse Joana Santiago.
Segundo a investigadora, será feita a mesma colheita de sémen, não invasiva, e a amostra será complementada com a análise molecular, que será um método complementar.
O objetivo do projeto é “estabelecer um painel de biomarcadores e desenvolver um protótipo de dispositivo diagnóstico baseado nos marcadores identificados para uso na gestão, diagnóstico e tratamento da infertilidade masculina, ultrapassando as limitações dos métodos de diagnóstico tradicionais”.
Liderado pela Investigadora do iBiMED Joana Santiago, o FERTI$CAN conta com Margarida Fardilha e Maria Teresa Herdeiro, Pedro Corda e Madalena Cabral na equipa de investigação, com a colaboração do Centro Hospitalar do Baixo Vouga, E.P.E., do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, E.P.E., Ferticentro, e Procriar.
NR/HN/Lusa
0 Comments