Alterações climáticas e saúde respiratória: RESPIRA propõe medidas sustentáveis

17 de Março 2025

A RESPIRA participa no Cascais Health Forum, destacando o impacto ambiental dos tratamentos respiratórios. José Albino, presidente da associação, alerta para a urgência de medidas sustentáveis, dada a pegada carbónica dos inaladores e os efeitos da poluição na saúde respiratória.

A RESPIRA – Associação Portuguesa de Pessoas com DPOC e outras Doenças Respiratórias Crónicas marca presença no Cascais Health Forum, um evento que coloca em destaque a relação entre saúde e ambiente, com foco na pegada ambiental dos tratamentos respiratórios. No dia 20 de março, a partir das 10h00, José Albino, presidente da RESPIRA, participará na Mesa Redonda “Saúde e Alterações Climáticas”, abordando o impacto das mudanças climáticas na saúde respiratória e a necessidade de adoção de práticas mais sustentáveis.

O consenso científico é claro: o aquecimento global, impulsionado pelas atividades humanas, está a agravar os problemas de saúde respiratória em todo o mundo. Populações vulneráveis, como idosos, crianças e doentes crónicos, especialmente aqueles com Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), são os mais afetados. A poluição atmosférica, rica em partículas finas, tem sido responsável por centenas de mortes prematuras e evitáveis, tornando urgente a adoção de medidas que reduzam o impacto ambiental dos tratamentos respiratórios.

Um dos temas centrais da discussão será a pegada carbónica dos inaladores, dispositivos essenciais para milhões de doentes respiratórios. Em Portugal, os inaladores pressurizados doseáveis (pMDI) representam 95% da pegada carbónica da terapêutica inalatória, emitindo 30.665,6 toneladas de CO2eq. Em contraste, os inaladores de pó seco, uma alternativa mais ecológica, emitem apenas 1.594,6 toneladas de CO2eq. A RESPIRA, em colaboração com o Conselho Português para a Saúde e Ambiente e a Sociedade Portuguesa de Pneumologia, tem trabalhado na elaboração de recomendações para a utilização de inaladores com menor impacto ambiental, promovendo a transição gradual para opções mais sustentáveis.

José Albino sublinha a importância de agir com firmeza: “A poluição atmosférica não só prejudica a saúde respiratória como também compromete a eficácia dos tratamentos. É essencial que todos os setores assumam a sua responsabilidade e adotem medidas concretas para reduzir as emissões. Só assim poderemos garantir um futuro onde todos possam respirar melhor.”

PR/HN/MMM

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