Em comunicado enviado à agência Lusa, o conselho de administração do Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) explicou hoje que a obra, num investimento de 300.750 euros, arrancou na sexta-feira passada e deverá estar concluída “antes do final do ano”.
“Esta é uma obra essencial até à construção do novo Hospital Central do Alentejo porque permite, no imediato, um aumento da capacidade de resposta nesta área, em que se estima uma procura potencialmente elevada resultante da incidência significativa de doentes com Covid-19”, afirmou a presidente do conselho de administração, Maria Filomena Mendes.
A empreitada é cofinanciada em 85% pela reprogramação do projeto ReMoTe – Requalificação e Modernização Tecnológica do HESE, no âmbito do programa regional Alentejo 2020, com apoio do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), e pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS).
O HESE lembrou que, no contexto da pandemia de Covid-19, foi logo “necessário criar duas Unidades de Cuidados Intensivos”, uma delas dedicada a utentes com a doença provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2 e a outra para doentes ‘não covid’.
“A UCI-COVID do HESE encontra-se a funcionar no espaço físico da única UCI” que existia no hospital “até ao início da pandemia de Covid-19” e possui “uma lotação atual de cinco camas, podendo escalar até oito camas”.
Já a Unidade de Cuidados Intensivos Polivalente para doentes ‘não Covid’ situa-se, neste momento, “num espaço pertencente ao Serviço de Cirurgia”, o “único”do HESE com “condições físicas e técnicas” para esse efeito.
A obra agora autorizada e em curso envolve a requalificação e adaptação de “um espaço físico para a UCI-COVID, no piso 4 do Edifício do Espírito Santo, que passará a dispor de mais 11 camas com pressão negativa onde podem ser internados” doentes com Covid-19, sendo assim atingido o total de 19 camas, assinalou o hospital.
Maria Filomena Mendes destacou que esta nova UCI-COVID irá permitir, “posteriormente, um aumento de resposta a doentes com outras patologias que tendem a chegar mais tarde e mais graves ao hospital”, assim como “a recuperação em todas as linhas de atividade assistencial”.
“Além disso, esta requalificação permitirá que, num futuro próximo, o HESE expanda a sua Unidade de Cuidados Intensivos Polivalente com capacidade para 19 camas para doentes críticos, equipadas com a tecnologia exigida para praticar Medicina Intensiva de nível III e II”, sendo que atualmente “não existem camas de nível II” neste hospital alentejano, frisou.
Contactada pela Lusa, fonte do HESE indicou que estão hoje internados no hospital “16 doentes com covid-19”, dos quais “12 em enfermaria e quatro na UCI-COVID”.
Portugal contabiliza pelo menos 2.635 mortos associados à Covid-19 em 149.443 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).
LUSA/HN
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