O método Wolbachia prevê a libertação de mosquitos contaminados com a bactéria Woldbachia, que se vão reproduzir com os mosquitos locais, criando uma população de insetos portadores daquela bactéria, que reduz a transmissão de dengue, chikungunya e zika.
“As libertações de mosquitos com Wolbachia vão decorrer no município de Díli, entre os meses de julho e novembro, uma vez que todos os anos se registam números elevados de casos de dengue, com algumas mortes de crianças”, disse Filomeno Pinto, da Direção Nacional de Educação e Promoção da Saúde.
O responsável falava numa sessão de sensibilização sobre o método Wolbachia às forças de defesa. Desde janeiro que o Ministério da Saúde tem realizado aquelas sessões junto de líderes comunitários, escolas, universidades, profissionais de saúde e forças de segurança.
“A Wolbachia é segura para os seres humanos, para os animais e para o ambiente, porque foi submetida a avaliações rigorosas por peritos e especialistas, que confirmaram que a libertação de mosquitos com Wolbachia representa um risco muito baixo”, afirmou o técnico Filomeno Pinto.
Segundo o responsável, a libertação dos mosquitos com Wolbachia não será feita de uma só vez, mas de forma faseada.
Após a conclusão do processo, será feita uma monitorização para avaliar o sucesso da implementação, explicou Filomeno Pinto.
O responsável disse também que em Díli os mosquitos com Wolbachia serão libertados em quatro postos administrativos, nomeadamente Dom Aleixo, Vera Cruz, Nain Feto e Cristo Rei, abrangendo um total de 24 sucos.
Desde o início do ano, o Ministério da Saúde registou 372 casos de dengue no país.
lusa/HN
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