Contactada pela Lusa, a administração do hospital refere estarem em causa estão contratos especiais celebrados no contexto da pandemia de covid-19 e sublinha que está “a envidar todos os esforços” para que aqueles contratos a termo se convertam em contratos sem termo, mantando assim todos os enfermeiros contratados em funções.
Sublinha ainda que os enfermeiros em causa “continuam em funções” no Hospital de Braga.
Em comunicado, a OE refere que o hospital está a notificar enfermeiros, com contratos de quatro meses, de que irão ser despedidos este mês.
Em causa estarão os segundos contratos de quatro meses, iniciados em março.
Isto, sublinha, “com todos os serviços de saúde do país sobre pressão e com dificuldades em contratar enfermeiros, como já é admitido pelas próprias autoridades”.
“É uma situação inadmissível, incompreensível e irresponsável, face ao momento que atravessamos. E, mais uma vez, demonstra a forma como os enfermeiros, que têm sido a única linha de defesa, são tratados em Portugal, ao mesmo tempo que são cada vez mais procurados pelos restantes países europeus”, critica a Ordem.
Alerta que, a curto prazo, “nem os enfermeiros atuais nem os que venham a ser contratados serão suficientes para fazer face à pandemia e para prestar cuidados aos milhares de pessoas que viram os seus exames, consultas e cirurgias suspensas, adiadas e canceladas”.
“Confrontada com esta situação, a OE não pode deixar de repudiar esta atitude do Hospital de Braga, sem prejuízo de continuar a sua colaboração com o Ministério da Saúde na busca de soluções”, refere ainda o comunicado.
LUSA/HN
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