Na cerimónia de adjudicação da construção do equipamento, realizada em Évora, a ministra da Saúde, Marta Temido, congratulou-se por mais este passo do projeto, cuja “história remonta pelo menos a 2006”, quando foi considerado “prioridade de investimento”.
Em “outubro de 2008, procedia-se à aprovação do projeto de arquitetura”, mas “em maio de 2011 foi realizada a suspensão do procedimento” devido à crise financeira e voltou a ser “sinalizado como investimento prioritário em 2018”, lembrou a ministra.
“Estamos aqui, 15 anos volvidos sobre a data em que se começou a ouvir falar deste projeto, com um compromisso que vimos honrar e cumprir, o do investimento no interior, da melhoria da atratividade para profissionais de saúde, da criação de melhores condições para a população do Alentejo em termos de serviços de saúde”, realçou Marta Temido.
Segundo a ministra, “o propósito último” deste novo hospital é o de “aumentar a capacidade de resposta” do Serviço Nacional de Saúde na região.
“Não só para melhorar as condições de acesso, mas também para alargar as valências que aqui teremos disponíveis, evitando que os utentes desta região tenham de se deslocar, nomeadamente para os hospitais de Lisboa”, acrescentou.
Desta forma, o novo equipamento visa garantir “maior proximidade, qualidade e eficiência, mas também uma maior confiança naquilo que é a rede de serviços públicos”, disse.
O presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo, José Robalo, assinalou que o objetivo é que o novo Hospital Central do Alentejo, para servir o distrito de Évora, mas também toda a região, num total de cerca de 500 mil pessoas, fique pronto até ao final de 2023.
Segundo o responsável, o projeto envolve um investimento “de mais de 200 milhões de euros”, repartido por 183 milhões, com apoios da União Europeia, para a construção e 29 milhões para a aquisição do equipamento.
Este novo hospital vai “facilitar o aparecimento de novas alternativas e inovações clínicas e tecnológicas que permitem uma maior diferenciação”, realçou.
Já a presidente do conselho de administração do Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE), Filomena Mendes, notou que “não são só novas instalações que poderão fazer toda a diferença”.
“Mas, acima de tudo, são novas valências para o hospital, novos projetos que já estão a ser desenvolvidos na quase totalidade das especialidades de diferenciação, e novas formas de organização e de resposta à população”, o que “é determinante para atrair novos profissionais”, vincou.
Por sua vez, o presidente da Câmara de Évora, Carlos Pinto de Sá, congratulou-se por mais “um passo decisivo” para a concretização do equipamento e adiantou que vai discutir com a tutela os projetos para acessibilidade e infraestruturas.
O concurso público da empreitada foi ganho, em abril, pelo grupo espanhol Acciona.
Segundo o projeto, o hospital terá uma lotação de mais de 350 camas em quartos individuais, a qual poderá ser aumentada, em caso de necessidade, até 487 camas.
Um total de 11 blocos operatórios, três dos quais para atividade convencional, seis para atividade de ambulatório e dois para atividade de urgência, cinco postos de pré-operatório e 43 postos de recobro são outras valências da futura infraestrutura.
LUSA/HN
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