De acordo com o Bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, “este prémio é para nós o melhor caminho para homenagear a forma como Maria de Sousa dedicou a sua vida à ciência e ao conhecimento pois reúne e enaltece as várias dimensões da médica e investigadora. Maria de Sousa desbravou caminho e demonstrou a importância da associação da clínica à investigação, sem nunca perder a capacidade de envolver os mais jovens e sem esquecer a importância da ética e do humanismo”.
Para Luís Portela, Presidente da Fundação BIAL, “este Prémio é uma homenagem a uma personalidade ímpar da ciência a nível mundial, que marcou de forma incontornável o desenvolvimento científico e académico em Portugal. Ao premiar jovens investigadores estamos a perpetuar o trabalho único de Maria de Sousa, que sempre procurou criar condições para que os jovens cientistas pudessem concretizar os seus sonhos e os seus percursos científicos”.
O júri desta primeira edição é constituído por cinco personalidades muito próximas de Maria de Sousa. O presidente é o neurocientista Rui Costa, professor de Neurociência e Neurologia na Columbia University nos EUA, e os restantes membros são Maria do Carmo Fonseca, presidente do Instituto de Medicina Molecular, Graça Porto, professora catedrática do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Miguel Castelo-Branco, diretor do Centro de Imagem Biomédica e Investigação Translacional da Universidade de Coimbra, e Joana Palha, vice-presidente da Escola de Medicina da Universidade do Minho.
As candidaturas, abertas a cidadãos portugueses que sejam investigadores científicos, residentes em Portugal ou no estrangeiro, decorrem até 31 de maio de 2021.
A investigadora imunologista teve um papel importante na construção de cursos de medicina em Portugal. Em 1985, fundou o Mestrado em Imunologia no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar. Foi responsável pelo primeiro programa doutoral em Portugal – Programa Graduado em Biologia Básica e Aplicada, na Universidade do Porto.
Juntamente com o ex-ministro Prof. José Mariano Gago, promoveu na Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica (JNICT) uma revolução no sistema de avaliação da ciência em Portugal.
Autora de diversos artigos científicos de alcance internacional, Maria de Sousa foi agraciada com inúmeras distinções e condecorada como Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique (1995), Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada (2012) e com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada (2016).
PR/HN
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